Em audiência realizada na Câmara Municipal de São Paulo nesta quarta-feira, representantes de torcidas organizadas de Corinthians, Palmeiras e São Paulo foram ouvidos na CPI das Torcidas. No geral, garantiram tomar as atitudes que estão a seu alcance para combater a violência.
O próximo passo da CPI é ouvir dirigentes dos clubes da capital, além de representantes da Federação Paulista de Futebol. A intenção é encontrar uma solução para que o esporte deixe de ser uma ponte para a guerra entre torcedores.
Presidente da Dragões da Real, o são-paulino André Azevedo questiona o tratamento dado às brigas. “Se um torcedor comete um ato violento, a mídia fala da torcida, mas protege quem praticou a violência”, reclama, garantindo que, quando a pessoa é identificada, acaba suspensa ou até expulsa da torcida organizada.
O discurso do diretor social da corintiana Pavilhão 9, Atevir Nogueira, é parecido. Ele pediu respeito à torcida, que nasceu de um projeto de reintegração de ex-detentos à sociedade.“Peço respeito, quero que todos conheçam nosso trabalho social.”
Já o presidente da Torcida Uniformizada do Palmeiras, Marcelo Moisés, engrossou críticas ao Estatuto do Torcedor, que “tira a possibilidade do espetáculo”. Quanto à violência, acredita que só pode ser parada “combatendo a impunidade”.