Milhares de trabalhadores foram demitidos por causa da crise econômica do Brasil, assim como Evandro Moreira Nunes, que trabalhava na indústria automobilística. Nunes até tentou se recolocar no mercado e passou um mês enviando currículos.
Mas sem conseguir novamente um emprego, ele decidiu abrir o negócio próprio com parte do dinheiro da rescisão, e virou um empreendedor por necessidade. A consultora Solange Matar Machado explica que a necessidade é um ótimo impulso para que um ex-funcionário vire patrão.
Mas ela alerta que é preciso se preparar para esse salto e dá dicas para quem quer empreender: reduzir os gastos pessoais, vender bens, como o carro que dá muito gasto, usar 25% do dinheiro da rescisão para abrir o negócio, reservar 25% para capital de giro e 50% para gastos pessoais, aprender a fazer fluxo de caixa, estudar o mercado para conhecer concorrência e riscos.
Evandro seguiu à risca os conselhos. Em junho, usou apenas um terço do dinheiro da rescisão, para montar uma franquia de óculos de sol. Ele também estudou bastante antes de abrir o negócio, mesmo tendo formação em administração de empresas. Assim, o ex-coordenador de projetos de uma montadora no ABC Paulista virou empresário no ramo de moda.