O crime do vereador José Renildo dos Santos voltou à tona esta semana após a renovação dos mandados de prisão dos acusados de serem os autores materiais do crime, ocorrido em 1993. O juiz Geraldo Cavalcante Amorim decretou a prisão de José Renato Oliveira e Silva, Luiz Marcelo Falcão, então subtenente da Polícia Militar de Alagoas, e Paulo Jorge de Lima, que era cabo, em despacho emitido nesta segunda-feira, dia 9. Os dois últimos já condenados a 18 anos e seis meses de prisão, em regime fechado.
Renildo dos Santos teve a sua residência, em Coqueiro Seco, invadida durante a madrugada, foi sequestrado e dois dias depois seu corpo foi encontrado em Xexéu, Pernambuco, com partes carbonizadas e sinais de tortura. Posteriormente, foi encontrada a cabeça do vereador às margens de um rio no município de Água Preta.
Na época que aconteceu o crime, Renildo, que era homossexual assumido, fazia oposição ao prefeito da cidade, Tadeu Fragoso. Fragoso chegou a ir a júri por envolvimento no crime, mas foi absolvido por causa do depoimento do caçador, que disse que ele não estava na cena do crime. Um soldado da Polícia Militar também foi absolvido.
Em julho de 2006, o fazendeiro José Renato Fragoso Cavalcante, então com 72 anos, foi condenado a 19 anos de prisão pela autoria intelectual do brutal assassinato. O crime ganhou repercussão internacional, mas nem mesmo esse fato assegurou o cumprimento da sentença pelos condenados.