Com quantos paus se faz uma comunidade? Feira dá esperança à população vulnerável

Jalon Lima/CortesiaJalon Lima e Abrão Lepoldino tentam mudar a realidade da Comunidade Carminha

Jalon Lima e Abrão Lepoldino tentam mudar a realidade da Comunidade Carminha

Muitos moradores da capital alagoana podem nunca ter ido ao Conjunto Carminha, localizado no Complexo Benedito Bentes, mas quase todo morador da capital lembra do brutal assassinato de uma dona de casa, que após ser morta foi arrastada e esquartejada por ‘ameaçar’ o tráfico na região.

Símbolo do avanço no combate à criminalidade, a localidade é alvo de mais uma investida do Estado nesta quinta, 19, com o lançamento de uma base móvel no local. Para além das ações do Estado, um grupo de pessoas engajadas, determinadas e conscientes do seu papel na sociedade vem realizando um trabalho que está mudando a comunidade e abrindo novos horizontes.

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Com quantos paus se faz uma banca de mercado? Com essa pergunta na cabeça, um sargento da Polícia Militar e um líder comunitário perceberam que uma das ‘razões’ para a criminalidade está na ineficiência de políticas públicas direcionadas à geração de emprego e renda. Pensando nisso, a dupla se uniu e propôs a criação de uma feira comunitária. A ideia é dar emprego a pessoas que poderiam migrar para a criminalidade e fazer com que o dinheiro continue circulando na comunidade, fomentando a renda.

De acordo com o sargento Abraão Leopoldino, um dos idealizadores, a primeira edição da feira ocorreu no último final de semana, com 50 feirantes, em frente à Base Comunitária, e foi considerada um sucesso. Pelo menos 50 pessoas aguardam na ‘fila’ para poder participar da feira. Para lidar com a demanda, os idealizadores procuraram os órgãos oficiais e sonham com a doação de madeira para construir novas bancas. Todo o material é doado.

A nova edição está prevista para ocorrer nesse fim de semana (sexta, sábado e domingo), das 7h às 17h. E a expectativa é grande.

Jalon Lima/CortesiaCrianças são atendidas com projetos esportivos e culturais

Crianças são atendidas com projetos esportivos e culturais

Além da feira, a comunidade já conta com projetos esportivos e culturais (capoeira, balé, cursos profissionalizantes) que são desenvolvidos graças ao empenho do líder comunitário Jalon Lima e ao policial militar. “Vamos mudar esse quadro de miserabilidade”, acredita o sargento Leopoldino.

Para os interessados em doar a madeira necessária para a construção de novas bancas, basta entrar em contato através do telefone 98709-1684.

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