Com o período de desova das tartarugas marinhas nas praias de Alagoas, os Institutos do Meio Ambiente (IMA) e Biota alertam sobre cuidados que devem ser tomados por banhistas e usuários das praias. Eles são orientados a evitar chegar perto, para não comprometer os animais e os ninhos com as centenas de pequenos ovos colocados por elas.
No sábado (21), uma desova foi registrada na praia de Jatiúca e 129 ovos foram removidos para um local seguro. A translocação foi realizada porque a região é de grande concentração de usuários, o que poderia comprometer a integridade do ninho.
A equipe de Gestão de Fauna e do Gerenciamento Costeiro do IMA alertam que a temporada teve início no mês de setembro e segue até março do ano que vem.
Os ninhos podem ser ameaçados pelo risco de erosão, vandalismo ou roubo por pessoas, e encharcamento pela água do mar. O comportamento de algumas pessoas também compromete a desova, como: gritos, sentar ou pisar sobre o animal, trânsito de veículos, lixo, utilização de flashes de máquinas fotográficas e refletores.
Segundo informações disponibilizadas pelo projeto Tamar, existem cinco espécies de tartarugas marinhas comumente encontradas no Brasil e todas estão ameaçadas de extinção.
Quatro delas costumam desovar no litoral: a cabeçuda, a de pente, oliva e a de couro. A tartaruga verde geralmente desova nas ilhas oceânicas.
De cada mil filhotes nascidos, apenas um ou dois geralmente atingem a maturidade. Os animais enfrentam ameaças naturais e decorrentes da ação do homem.
A orientação dos Institutos é que as pessoas que presenciem tartarugas procurando a costa para realizar desova entrem em contato através dos telefones disponíveis. IMA: 33151778/ 88676515; Biota: 991152944; Batalhão de Polícia Ambiental (BPA): 33154325.