“Alagoas tem 59 casos suspeitos de microcefalia”. Está é a afirmação dada pela secretária de Saúde Rosângela Wysomirska, nesta terça-feira (01), durante visita as obras de reforma da Universidade Estadual de Ciências da Saúde (Uncisal).
O número, segundo a secretária, foi registrado até a noite dessa segunda-feira (30), mas a confirmação pode levar ainda algum tempo já que a identificação não é imediata. “O Hospital Escola Helvio Auto [localizado no Trapiche da Barra] tem a expertise no atendimento de casos de zika vírus [apontado pelo Ministério da Saúde como o principal responsável pelo surto de microcefalia]. Ainda esta semana vamos junto com o Ministério da Saúde passar as informações para a população sobre como proceder em relação a microcefalia”, destaca a secretária.
Até o momento, Pernambuco é o estado que registra o maior número de casos notificados: 646. Em todo o país são aproximadamente 1.248 em 311 cidades. Em Maceió, de acordo com o Prefeito Rui Palmeira (PSDB), não há ainda um registro oficial de casos. “Isso nos preocupa bastante. Parece ser uma epidemia, Alagoas e Maceió não estão livres e nós buscamos unir forças com o governo estadual para combater o mosquito aedes aegypti, pois ele é o principal transmissor do vírus ligado à microcefalia”, disse o prefeito durante vistoria de obras de drenagem e pavimentação na comunidade Piabas, no Jacintinho.
Ainda segundo o prefeito, o poder público corre atrás para investigar a ligação do mosquito com o nascimento de bebês com crânios em tamanho menor do que o normal. “É importante também que a população cumpra o seu papel, não jogue lixo em terrenos baldios e observe o acúmulo de água parada em casa, pois é impossível para a prefeitura fiscalizar 300 a 400 mil residências em Maceió”, alerta Palmeira. A Prefeitura agendou um mutirão de limpeza urbana, em parceria com a Diretoria de Vigilância e Saúde (DVS), para a próxima sexta-feira (04), em diversos bairros da cidade. O objetivo é conscientizar a população.
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Até o momento, a situação é considerada inédita na pesquisa científica mundial e está sendo alvo de vários estudos. Os riscos da microcefalia normalmente aparecem nos primeiros três meses de gestação. O Ministério da Saúde declarou situação de emergência e negocia com os estados como deve ser feito o tratamento.