Número de casos de microcefalia passa de 59 para 73 em Alagoas

SesauReunião com gestores municipais para discutir ações de combate ao mosquito

Reunião com gestores municipais para discutir ações de combate ao mosquito

A Secretaria de Estado de Saúde (Sesau) confirmou que os números de casos de microcefalia em Alagoas passaram de 59 para 73. A informação foi dada durante uma reunião, realizada nesta quinta-feira, 03, com gestores municipais com o intuito de planejar as ações de combate ao Aedes Aegypt.

Segundo a secretaria, ao todo, 73 casos de microcefalia foram notificados em Alagoas no ano de 2015. Destes, 64 casos em recém-nascidos, seis casos intrauterinos e outros três antes do Ministério da Saúde decretar situação de emergência nacional. Os casos foram registrados em 31 municípios alagoanos.

 Os municípios com maior número de casos suspeitos em recém-nascidos são Maceió (11), Delmiro Gouveia (7), Santana do Ipanema (6) e São José da Tapera (5). Já os casos intrauterinos suspeitos foram registrados em Arapiraca (2), Porto Calvo (2), Girau do Ponciano (1) e Canapi (1).

Segundo Cristina Rocha, superintendente estadual de Vigilância em Saúde, a situação dos estados da Região Nordeste referentes aos casos suspeitos de microcefalia, divulgada pelo Ministério da Saúde, coloca Alagoas na quarta posição, com 73 casos suspeitos. Pernambuco lidera o número com 646 casos suspeitos, seguido de Paraíba (248) e Sergipe (77).

Durante a reunião, os gestores montaram estratégias que deverão ser adotadas para minimizar a situação. São elas: intensificar o cuidado com a gestante e o recém-nascido devido aos casos de microcefalia e o combate ao mosquito Aedes aegypit por parte da gestão pública e do cidadão.

“O Ministério da Saúde confirmou: a arma de maior abordagem é o combate ao vetor. O combate ao vetor é a ação imediata”, pronunciou a secretária de Estado da Saúde, Rozangela Wyszomirska.

A secretária acrescentou ainda que estudos estão sendo investigados – a exemplo do mosquito transgênico, vacinas e nanotecnologia –, mas ainda são iniciativas em longo prazo. “A preocupação é que a situação se alastre. Por isso, adotamos o protocolo de Pernambuco e criamos um grupo técnico para efetivar um plano de ação voltado para atender as necessidades de saúde de Alagoas”, acrescentou a secretária de Saúde.

 Casos confirmados

No período de janeiro até 30 de novembro de 2015, foram notificados 27.050 casos suspeitos de dengue, dos quais 14.518 foram confirmados. A circulação da febre chikungunya em Alagoas foi comprovada desde outubro de 2015 e, atualmente, são 49 casos confirmados, oriundos de Arapiraca, Batalha, Maceió e Major Isidoro. Neste último município, foi registrado o maior número de casos, com 43 confirmações. Já os casos confirmados de zika vírus somam 32 amostras de pacientes, oriundos de 12 municípios.

Os dados foram atualizados na última quarta-feira (02), conforme nota técnica emitida pela Sesau. Para a superintendente estadual de Vigilância em Saúde, Cristina Rocha, “a manutenção dos cuidados para evitar a proliferação do mosquito continua sendo a estratégia mais efetiva”.

A eliminação dos criadouros, proteção dos depósitos de água, apoio ao trabalho dos agentes de endemias, realização de mutirões de limpeza e denúncia de imóveis que podem abrigar focos do mosquito são algumas iniciativas locais que podem ajudar a reduzir e eliminar o vetor.

“Desde janeiro, a Sesau vem intensificando o trabalho junto aos municípios, por meio do monitoramento rápido do trabalho de campo e de uma força-tarefa para as cidades, com aumento no índice de infestação e número de casos”, esclareceu Cristina Rocha.

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