‘Fabuloso’ é homenageado, chora e não descarta jogar em outro clube do Brasil

ReutersLuis Fabiano comemora com Lucas o seu primeiro gol na volta ao Tricolor Paulista

Luis Fabiano comemora com Lucas o seu primeiro gol na volta ao Tricolor Paulista

“Perguntas fáceis, por favor, porque a emoção está grande…”

Foi assim que Luis Fabiano começou sua coletiva de imprensa de despedida do São Paulo, após duas passagens, 213 gols e 347 jogos – entre 2001 e 2004 e desde 2011 -, não sem antes receber uma série de homenagens da diretoria tricolor.

Primeiramente, o presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, agradeceu os serviços do camisa 9 e, claramente emocionado, se lembrou que foi com ele que o “Fabuloso” acertou sua chegada em definitivo ao time do Morumbi. O mandatário o presenteou com um quadro e um livro que, segundo ele, é exclusivo para ambos por enquanto.

“Foi em 2002, dentro do meu escritório, que concretizamos sua contratação. Então, meu vínculo pessoal com ele é muito intenso e quando vejo funcionários do São Paulo chorando… estou profundamente emocionado. É assim o amor da torcida por Luis Fabiano, que tanto honrou nossa camisa, enriqueceu nosso ambiente. Ouso afirmar que não sou mais são-paulino que ele”, comentou.

Em seguida, Luis Fabiano assistiu a uma série de depoimentos de ex-companheiros, como Kaká, Reinaldo, França, Lucas e Daniel Alves, assim como de funcionários do São Paulo, como o segurança e o locutor do Morumbi, Manu.

Quando começou a falar, o camisa 9 fez questão de agradecer a todos do time e fazer juras de amor ao hexacampeão brasileiro.

“Quero agradecer todo mundo, todos foram importantes na minha passagem. Conquistei muitos amigos aqui. Com certeza vai ser difícil me desligar desse clube nesses primeiros meses. Quando vesti essa camisa fui leal e honesto. O amor que tenho por esse time é verdadeiro. Saio feliz em poder jogar no time que eu gostaria de ter jogado”, disse.

Sem ainda saber onde vai jogar em 2016 – apesar de, há alguns dias, ter dito que já teria seu destino selado nesta semana -, Luis Fabiano avisou que seria “estranho”, mas poderia acertar com outro clube brasileiro e não descartou a hipótese.

“Eu tento seguir jogando. Estou saindo daqui, mas a possibilidade de jogar em outro clube [brasileiro] existe. Não que seja minha preferência e meu objetivo jogar aqui. Depende do que aparecer e a possibilidade pode aparecer. Vai ser difícil, estranha a sensação, mas pode acontecer”, revelou.

“Sinceramente ainda não passou pela cabeça que seria possível jogar contra o São Paulo. Seria muito estranho, algo muito diferente. Nem sei se conseguiria jogar de verdade. Se eu continuar tendo condições de jogar bem, ajudar o próximo time durante 2 ou 3 anos eu vou seguir”, completou.

Em certo momento da entrevista, “Fabuloso” ainda recebeu a visita de Rogério Ceni, outro ídolo do São Paulo que deixará a equipe no ano que vem.

“Queria fazer um agradecimento, desculpem atrapalhar [a coletiva]. Foi uma honra trabalhar com você desde a primeira vez, em 2001. Não é fácil chegar a uma marca de 200 gols, desejar sorte ao grande parceiro. Um dos três maiores centroavantes que vi na história do clube”, disse o camisa 1.

Com uma lesão no joelho, Luis Fabiano não estará presente dentro de campo contra o Goiás, no próximo domingo, às 17h (de Brasília), no Serra Dourada, no que poderia ser seu último jogo oficial com a camisa 9 tricolor, mas ele garante que estará até o fim com os companheiros fora dele.

Por fim, o atacante de 35 anos comemorou o possível bom término de ano do São Paulo em 2015. Para ele, a classificação para a Libertadores – que será concretizada caso o time vença os goianos fora de casa ou o Inter não ganhe do Cruzeiro no Beira-Rio – será ‘como um título’ para os tricolores. Ele ainda projeta uma equipe completamente nova em 2016.

“Eu vejo um final de esperança por tudo que nós passamos, estar com possibilidade de ir para a Libertadores. Queira ou não, é como se fosse um título para gente. Foi um ano sofrido, muito complicado. A gente tem o exemplo do Santos, que era sensação, estava no G-4 e agora está sem Libertadores, sem título, sem nada. Ano que vem será de reformulação, de montar time novo, buscar novas referências. Torço para que seja Kardec, Ganso, Thiago Mendes, Rodrigo Caio, Dênis…”, concluiu.

Fonte: ESPN

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