Citado em praticamente todos os clubes com situação indefinida para 2016, o nome de Cuca não provoca mais o mesmo entusiasmo no mercado. O motivo é o alto custo de sua contratação: próximo de concretizar o seu adeus do Shandong Luneng, da China, ele pede mais de R$ 1 milhão mensais para sua comissão técnica, sendo R$ 700 mil apenas para o seu bolso em salários.
Os valores são considerados fora da realidade.
O Atlético-MG manteve conversas, mas preferiu fechar com o uruguaio Diego Aguirre por R$ 350 mil. O São Paulo, que chegou a tratá-lo como prioridade, esbarra no teto de R$ 300 mil estipulado para 2016. Enquanto que o Palmeiras descarta a saída de Marcelo Oliveira após o título da Copa do Brasil.
Cuca não se mostra preocupado com o cenário.
O técnico deve ter, enfim, oficializada a sua saída do Shandong nos próximos dias e, assim, se ver livre do contrato que o segurava no futebol chinês até o fim da próxima temporada. Ele será substituído pelo cruzeirense Mano Menezes.
De férias, o comandante de 52 anos cogita não trabalhar no primeiro semestre do ano que vem.
A princípio, o objetivo é dedicar mais tempo à sua família.
Ele foi homenageado recentemente pela Câmara de Vereadores de Curitiba e aproveita o tempo livre na cidade para se divertir no futebol da várzea e participar de um dos mais tradicionais campeonatos amadores locais.
O seu irmão, auxiliar e braço-direito Cuquinha teve de antecipar a sua volta à capital paranaense, no fim de outubro, para tratar de um problema no coração e é outro motivo que o faz relutar a trabalhar em 2016.
Em entrevista ao ESPN.com.br, no fim de novembro, Cuca falou sobre o seu futuro. “Hoje eu tenho na cabeça algumas prioridades, primeiramente até do que o meu futuro profissional. Tenho dois problemas de saúde na família e quero dar uma contornada, uma arrumada nessa situação para estar com a minha cabeça boa e exercer minha profissão num outro grande clube”, afirmou, na ocasião.