Quatro servidores são afastados por suspeita de fraude no INSS

Outros dois foram demitidos e outra está sendo ouvido na sede da PF. Operação foi deflagrada na manhã de hoje.

(Foto: João urtiga / Alagoas 24 Horas)DSC_0352

Sete servidores são apontados pela Polícia Federal de Alagoas (PF-AL) como os facilitadores do esquema de fraudes cometidas contra o Instituto Nacional do Seguro Social (NSS) em Alagoas. Em entrevista coletiva concedida na sede da PF, em Jaraguá, na manhã desta terça-feira (15), o delegado Luiz Marques detalhou toda a operação que levou cinco anos e identificou cerca de 40 benefícios irregulares que provocavam um rombo de R$ 2 milhões.

De acordo com o delegado, a operação que ocorreu hoje nos municípios de Porto Calvo, Coruripe, São Miguel dos Campos e Santana do Ipanema tinha como intermediários sete servidores do INSS, sendo que quatro já foram afastados, outros dois demitidos e o último está sendo ouvido na sede da PF. “Eles trabalhavam como analista previdenciário e os benefícios eram concedidos para trabalhadores rurais, que possuem uma série de facilidades para adquirir”, explica o também delegado da PF, Fábio Maia.

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A operação foi desencadeada em 2010, mas somente agora teve o recurso jurídico para que fosse iniciada a busca e apreensão. “Vamos agora analisar o material apreendido e relatar ao inquérito. Mobilizamos cerca de 120 policiais e tivemos que contar com apoio das polícias da Bahia, por exemplo. Após as auditorias com os envolvidos iremos entregar tudo para o Ministério Público”, afirma Luiz Marques.

A fraude só foi descoberta após o próprio INSS identificar no sistema uma série de pedidos de concessão de pensão por morte e salário maternidades que seguiam o mesmo padrão. “Basicamente o esquema consiste na falsificação de documentos, como a certidão de óbito, e que simulavam a real saúde do trabalhador rural”, explica Luiz Marques.
Com isso, 40 benefícios foram bloqueados e que causaram um prejuízo de R$2 milhões. Outros 70 processos também estão sendo analisados pela PF.

Todos os envolvidos devem responder pelos crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, prevaricação, estelionato previdenciário e furto mediante fraude.

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