Prestes a encerrar o ano de 2015, o diretor-presidente da Companhia Brasileira de Trens Urbanos – CBTU, Marco Fireman, há 2 meses no cargo, está bastante preocupado com situações que muito comprometem o desempenho da Companhia.
A CBTU tem uma dívida histórica com a REFER- Fundação Rede Ferroviária de Seguridade Social no valor aproximado de R$ 2,6 bi, a qual está em análise pela PGU – Procuradoria Geral da União, com possibilidade de acordo por parte da União. Entretanto, a ação cautelar movida pela REFER contra a CBTU garante uma penhora no valor de R$7,5 milhões mensais, comprometendo 54% da receita líquida operacional da empresa.
Outro ponto alarmante é a dívida que o Grande Recife Consórcio de Transporte tem desde 2013 no valor total de R$ 48 milhões, o que significa uma média acumulada mensalmente de R$2,3 milhões, 16% da receita que deixam de ser recebidos pela Companhia. Esses dois casos, somados a outras penhoras no valor de R$2,8 milhões mensais (20% da receita), comprometem quase toda a receita operacional da CBTU. Sobram apenas 10% da receita para a Companhia cumprir com as suas obrigações e operar os seus sistemas.
“Desejo passar um maior entendimento do que a CBTU vive em relação à sua receita operacional, que se encontra comprometida em 90%. Essa realidade pode forçar uma paralisação dos nossos sistemas por incapacidade financeira. Transportamos mais de 600 mil pessoas por dia, oferecendo um serviço essencial, o transporte de pessoas, em sua maioria de baixa renda, com uma tarifa social. É o único transporte social do Brasil, subsidiado em quase sua totalidade pelo Governo Federal. Precisamos mostrar o valor que a Companhia representa para as cidades onde opera e reverter essa situação o mais rápido possível.”, diz Marco Fireman.
A Companhia Brasileira de Trens Urbanos – CBTU tem sob a sua operação os sistemas de transporte de passageiros nas regiões metropolitanas de Belo Horizonte, Recife, Maceió, João Pessoa e Natal. A missão da Companhia é promover a mobilidade e a acessibilidade da população ao transporte público, como agente do Governo Federal, contribuindo para a qualidade de vida e o desenvolvimento sustentável das cidades através da adoção de diretrizes que consolidem metrôs e veículos leves sobre trilhos – VLTs como principais modais para as grandes e médias cidades brasileiras.