Morte de militares: PC conclui inquérito sem informar causa do acidente

João Urtiga/Alagoas24Horas/ArquivoMilitares morreram no acidente

Militares morreram no acidente

O delegado Manoel Acácio Júnior apresentou nesta terça-feira, 15, a conclusão do inquérito que apura o acidente aéreo que culminou com a morte de quatro militares, no dia 23 de setembro, entre os bairros Jardim Petrópolis e Santa Lúcia. Após mais de dois meses de investigação, a Polícia concluiu o inquérito sem responder o que motivou a queda do helicóptero da Segurança Pública.

Em entrevista ao Alagoas24Horas, o delegado informou que irá remeter, ainda hoje, o inquérito ao Ministério Público Estadual e descartou falha mecânica e operacional (humana). “Foram colhidos depoimentos de 14 pessoas. Pelos documentos anexados é possível garantir a aeronave estava com documento de aeronavegabilidade válido até 2020 e o piloto estava com a habilitação em dia. O que cabia à Polícia Civil já foi investigado”, disse.

Sandro QuintellaDelegado Acássio Júnior

Delegado Acácio Júnior

O delegado detalhou ainda que a manutenção anual do helicóptero e a manutenção de 100 horas de voo estavam válidas. A conclusão do inquérito precisou ocorrer sem a conclusão da investigação do Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA II), já que a previsão da equipe responsável é que fique pronto em um ano. Manoel Acácio chegou a pedir à Seripa informações sobre a aeronave e o piloto, mas eles responderam, por meio de ofício, que não poderiam responder às perguntas.

A Polícia Civil também afirma, a partir de laudos cadavéricos emitidos pelo Instituto Médico Legal que somente o piloto morreu carbonizado. Os demais militares sofreram traumatismo craniado. Isso descarta a possibilidade de a aeronave ter sido abatida. “A maioria dos militares morreu em função da queda da aeronave”, reforçou.

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Além do inquérito do Seripa, a Polícia ainda espera receber dois laudos do Instituto de Criminalística: o de fragmentos das armas que estavam na aeronave e sobre local de mortes violentas. “Quando o Seripa descarta tudo, começa a trabalhar com hipóteses. É um trabalho minucioso, já que o helicóptero não possui caixa preta”, comentou Acácio.

O delegado lembra que o último contato feito pelos militares foi quando pediram autorização para realizar um patrulhamento de 500 pés, naquele trágico dia 23 de setembro.

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