Depois de ser adiado pelo Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL), o júri popular que analisa o caso do ex-policial militar, Manoel Bernardo de Lima Filho, réu confesso no assassinato do pai do cantor Geraldo Cardoso, tem início nesta quarta-feira (16), em Palmeira dos Índios.
Após um atraso de quase duas horas, o júri ficou ameaçado de novamente não acontecer, desta vez o motivo seria a não disponibilização de uma viatura que deveria levar o réu até a sede do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOC), onde acontece o julgamento.
De acordo com o advogado, Thiago Pinheiro, a promotoria quer enquadrar Manoel na pena por crime duplamente qualificado, o que renderia um tempo de cadeia de 12 a 30 anos. “Esperamos então fechar esse ciclo de violência iniciado nos anos 80”, diz o advogado.
A acusação é feita pelo promotor Fábio Vasconcelos que tem Thiago Pinheiro como assistente de promotoria.
No último adiamento, a juíza do caso, Luana Freitas foi convocada para um mutirão do Poder Judiciário.
O Crime
O ex-policial responde por diversos homicídios. Todos os outros acusados de participação no assassinato, como o delegado Ricardo Lessa (outro autor intelectual do crime) e o ex-prefeito de Quebrangulo, Frederico Maia, estão mortos.
O pai do cantor foi morto com disparos de metralhadora M16 e revólver calibre 18 em 1989. O motivo, segundo investigação presidida pela 17ª vara Criminal, teria sido um suposto roubo de gado ocorrido no interior de Alagoas. “Esse ex-policial já matou vereador, ladrão de carga, um monte de gente. Vivia fugido, já foi preso e solto novamente”, relatou o cantor em entrevista ao Alagoas 24 Horas.