Acusado de assassinar pai de Geraldo Cardoso diz que é ‘Bode Expiatório’

Todo SegundoEx-policial militar, Manoel Bernardo de Lima Filho, é acusado de assassinar o pai do cantor Geraldo Cardoso. Foto: Todo Segundo

Ex-policial militar, Manoel Bernardo de Lima Filho, é acusado de assassinar o pai do cantor Geraldo Cardoso. Foto: Todo Segundo

O ex-policial militar, Manoel Bernardo de Lima Filho, acusado de assassinar o pai do cantor Geraldo Cardoso, José Cardoso de Albuquerque, alegou inocência durante o julgamento realizado nesta quarta-feira, 16, em Palmeira dos Índios.

Em depoimento à juíza  Luana Freitas, que preside o júri popular, o ex-militar disse que foi escolhido como ‘bode expiatório’ e explicou que no dia do crime estava trabalhando. “Estou sendo perseguido pela Justiça. Estou aqui como “Bode Expiatório”, pois não tenho participação nenhuma, neste homicídio”, alegou.

Durante o julgamento, o cantor Geraldo Cardoso também falou sobre a morte de seu pai e disse que ele foi assassinado por questões políticas na cidade de Quebrangulo. “Meu pai foi morto por não apoiar um grupo político de Quebrangulo. Naquela época, em cidade pequena, quem fosse contra ao grupo A,B ou C, era perseguido e se arriscava morrer”, relatou o cantor se referindo ao ex-prefeito daquele município, Frederico Maia Filho, o “Mainha”. 

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O cantor afirmou ainda que, na época do crime, ele iniciava sua carreira musical e teria sido ameaçado e obrigado a sair de Alagoas para se manter vivo.  “Após eu conceder um entrevista em um programa de rádio, fui ameaçado e obrigado deixar o estado e ir embora para Minas Gerais, para não morrer”, disse Cardoso.

O júri popular do ex-policial começou com duas horas de atraso e o júri ficou ameaçado de novamente não acontecer, desta vez o motivo seria a não disponibilização de uma viatura que deveria levar o réu até a sede do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOC), onde acontece o julgamento.

A acusação é feita pelo promotor Fábio Vasconcelos que tem Thiago Pinheiro como assistente de promotoria. No último adiamento, a juíza do caso, Luana Freitas foi convocada para um mutirão do Poder Judiciário.

Entenda o crime

O ex-policial responde por diversos homicídios. Todos os outros acusados de participação no assassinato, como o delegado Ricardo Lessa (outro autor intelectual do crime) e o ex-prefeito de Quebrangulo, Frederico Maia, estão mortos.

O pai do cantor foi morto com disparos de metralhadora M16 e revólver calibre 18 em 1989. O motivo, segundo investigação presidida pela 17ª vara Criminal, teria sido um suposto roubo de gado ocorrido no interior de Alagoas. “Esse ex-policial já matou vereador, ladrão de carga, um monte de gente. Vivia fugido, já foi preso e solto novamente”, relatou o cantor em entrevista aoAlagoas 24 Horas.

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