Aprovado pelo Conselho Municipal dos Transportes (CMT), o aumento da tarifa de ônibus para R$3,20 considerou a estimativa do novo preço da gasolina. Com o reajuste, ela pode ultrapassar os R$ 4 nos postos de Maceió e o diesel, combustível da frota de ônibus, acumulou reajuste de 18%.
No país, outras 18 cidades – entre elas, seis capitais – já tiveram aumento na passagem de ônibus municipal nos primeiros dias de 2016. Em Aracaju, a tarifa passou de R$ 2,70 para R$ 3,10, um aumento de 14,81%. Em Fortaleza, de R$ 2,20 para R$ 2,75. João Pessoa reajustou o valor de R$ 2,35 para R$ 2,70. Recife saiu de R$ 2,15 para R$ 2,45. Salvador de R$ 3,00 para R$ 3,30. São Luís aumentou a passagem de R$ 2,40 para R$ 2,60. Florianópolis e Rio de Janeiro apresentaram reajustes de 12%, acima de inflação acumulada nos últimos doze meses, que chegou a 10,48%. No Rio, as passagens de ônibus passaram a custar até R$ 3,80.
A mudança foi justificada pela alta dos custos, em especial do combustível, que chegou a registrar aumento de 50% em alguns estados. Por causa disso, o reajuste ficou acima da inflação em determinadas capitais brasileiras.
A inflação da economia brasileira é outro fator agravante para a nova tarifa de ônibus. Em um ano, os principais responsáveis pela inflação de 9,93% foram energia elétrica (com alta de preços de 52,3%), gasolina (17,93%), refeição fora de casa (4,8%), carnes (10,16%) e plano de saúde (11,24%).
Em Maceió, o novo valor irá cobrir o reajuste de 10% dado aos trabalhadores das empresas de ônibus, e mais 19% de aumento no ticket alimentação destes mesmos funcionários. As empresas ainda absorveram, sem repasse aos trabalhadores do sistema, o aumento do plano de saúde oferecido a motoristas e cobradores.
Nesta quinta-feira (07), o Conselho comunicará sua decisão à Prefeitura ao enviar a Ata da Reunião do CMT com a explicação sobre a proposta de reajuste da tarifa. Após a análise da Ata, a Prefeitura vai deliberar sobre o reajuste.