A confusão e troca de acusações entre consumidores e organizadores do Alagoas Reggae Festival, ocorrido em dezembro do ano passado, resultou na instauração de procedimento preparatório para investigar os motivos que levaram ao cancelamento dos shows de alguns artistas e o consequente quebra-quebra. No dia do show, o Bope e a Força Nacional precisaram intervir para conter o tumulto.
O procedimento foi instaurado com base no Código de Defesa do Consumidor. Em nota oficial, a principal atração do evento, o cantor Edson Gomes, afirmou por meio das redes sociais que não compareceu ao show na capital alagoana por não ter recebido o cachê do show.
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O MP investiga, ainda, o boletim do Corpo de Bombeiros que durante vistoria técnica teria constatado que o projeto de segurança contra incêndio e pânico não foi executado corretamente, inclusive desrespeitando a interdição realizada pelo CBMAL, colocando em risco o público presente.
O Ministério Público ainda exige da Superintendência Municipal de Controle e Convívio Urbano o ofício que autorizou o evento, solicita imagens de TV sobre tumulto a emissoras locais e exige a apresentação de defesa, no prazo de dez dias, do organizado do evento, número de queixas registradas no Procon/AL, além de eventuais documentos de perícia.
O procedimento tem à frente o promotor Mário Augusto Soares Martins.