A criação de um perfil no Facebook pode ter sido a causa do esquartejamento de uma mulher, na madrugada desta segunda-feira, na Rua Professor Andrade Bezerra, em Salgadinho, Olinda. Flávia Maria do Nascimento, de 33 anos, foi encontrada morta com o corpo partido em pedaços distribuídos em sacos de lixo preto nos fundos da casa em que morava. Segundo a irmã da vítima, Fernanda Nascimento, Flávia era tranquila, mas seu marido, Flávio Machado de Lima, 41, era muito ciumento e não permitia que ela tivesse contas em nenhuma rede social. Após o crime, o companheiro, que é o principal suspeito, fugiu com o filho da vítima, de sete anos e com paralisia cerebral.
Apesar da denúncia de ciúme excessivo, as investigações preliminares coordenadas pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) ainda não apontaram qual a real motivação do crime. O casal estava junto há seis anos. “Ela não podia ter Facebook nem Whatsapp porque ele não deixava. Tudo que ela falava e fazia, ele rastreava e descobria”, desabafou a irmã de Flávia.
A polícia segue em diligência, desde a madrugada, em busca do paradeiro do suspeito e da criança. “Quando chegamos ao local e vimos um saco preto no chão, pelo tamanho, nós deduzimos que era um corpo. Mas logo observamos outros sacos menores cobertos de sangue, foi aí que desconfiamos de imediato que a mulher teria sido esquartejada”, relata o delegado Alfredo Jorge, do DHPP.
Na casa, que estava em obras, havia um carro de mão, que seria usado pelo suspeito para fazer o transporte do corpo. A criança, portadora de paralisia cerebral, não teria presenciado o ato. Para esquartejar a mulher, Flávio Machado teria utilizado uma faca tipo serra, uma serra e uma foice. Ainda de acordo com o delegado, o falecimento da vítima teria sido causado ou por uma facada encontrada no abdômen ou por asfixia, só a perícia do Instituto de Medicina Legal (IML) poderá revelar.