Em Alagoas, segundo o Centro Estadual de Informação Estratégica em Vigilância em Saúde (Cievs), 162 casos suspeitos de microcefalia estão sob investigação. Os dados constam do novo boletim emitido nesta terça-feira (19) e apontam que 160 casos são de recém-nascidos e dois relacionados a fetos, detectados durante exames no pré-natal.
Os casos, ainda de acordo com as informações divulgadas pelo Cievs, foram computados depois que o Ministério da Saúde decretou situação de emergência em saúde pública de importância nacional. Antes, no entanto, já haviam sido notificados três casos suspeitos de microcefalia em Alagoas.
Dos 162 casos notificados até esta terça-feira (19), foram 39 oriundos da I Região de Saúde, sendo 29 de Maceió, cinco de Rio Largo, um de Coqueiro Seco, um Marechal Deodoro, um de Santa Luzia do Norte, um de Pilar e um de Flexeiras. A Sesau também está investigando seis casos suspeitos na II Região de Saúde, sendo dois de Japaratinga, um de Maragogi, um de Matriz do Camaragibe, um de São Luiz do Quitunde e um de Porto Calvo.
Na III Região de Saúde, são nove casos suspeitos, sendo dois de Murici, dois de Ibateguara, um de Branquinha, um de São José da Laje, dois de União dos Palmares e um de Novo Lino. Com relação à IV Região de Saúde, são quatro casos de Paulo Jacinto, dois de Atalaia, um de Chã Preta, um de Viçosa, um de Quebrangulo e um de Capela, totalizando dez casos suspeitos.
A Sesau também está investigando seis casos suspeitos na V Região de Saúde, sendo três de São Miguel dos Campos, um de Teotonio Vilela, um de Anadia e um de Campo Alegre. Na VI Região de Saúde, a Sesau investiga 15 bebês que nasceram com suspeita de microcefalia, sendo quatro de Piaçabuçu, sete de Penedo, três de Coruripe e um de Igreja Nova.
Quanto aos casos investigados na VII Região, são 15 de Arapiraca, um de Belo Monte, um de Coité do Nóia, um de Campo Grande, um de Girau do Ponciano, um de Major Izidoro, um de Traipu e um de São Sebastião, totalizando 22. A Sesau também está investigando 12 casos suspeitos na VIII Região de Saúde, sendo dois bebês de Cacimbinhas, dois de Estrela de Alagoas, dois de Igaci, cinco de Palmeira dos Índios e um de Maribondo.
Na IX Região de Saúde são 28 bebês investigados, sendo sete de Santana do Ipanema, três de Dois Riachos, um de Olivença, seis de São José da Tapera, cinco de Pão de Açúcar, quatro de Canapi, um de Olho D’Água das Flores e um de Poço das Trincheiras. Já na X Região de Saúde, são sete casos investigados em Delmiro Gouveia, um de Pariconha, três em Piranhas, um de Água Branca e um de Mata Grande.
Ainda de acordo com os dados divulgados pelo Ministério da Saúde, Alagoas continua na quinta posição no ranking nacional entre os estados que mais notificaram casos de bebês com suspeita de microcefalia. Na primeira posição aparece Pernambuco (1.236 casos), seguido da Paraíba (569 casos), Bahia (450 casos) e Rio Grande do Norte (181 casos).
Diagnóstico – Com relação ao diagnóstico, desde o último dia 17 de dezembro as crianças com suspeita de microcefalia estão passando por exames de imagem, destinados a confirmar ou não a anomalia. De acordo com um cronograma, o Cievs faz um contato com o município de origem do bebê e agenda a realização do procedimento, cujo transporte dos bebês é de responsabilidade das Secretarias Municipais de Saúde.
Após a realização da tomografia, é necessária a avaliação de neuropediatras, geneticistas e oftalmologistas, para que seja confirmado ou descarto o caso de microcefalia. Segundo o Protocolo Estadual elaborado por técnicos da Sesau, a criança diagnosticada com a anomalia também deve ser submetida a um ecocardiograma, a uma ultrassonografia de abdômen e sua audição deve ser avaliada, assim como o fundo dos olhos.