Deficientes físicos sofrem com a fata de acessibilidade em Arapiraca

Arquivo Pessoalinfiltracoes

A locomoção nas ruas da cidade de Arapiraca é uma tarefa difícil para os portadores de deficiência física. Nesta quinta-feira, 21, um grupo procurou o Alagoas 24 Horas para denunciar que o município tem grandes problemas de mobilidade e sair de casa para trabalhar ou realizar tratamento de saúde tem sido uma verdadeira via-crucis.  

De acordo com o cadeirante Éden Matos, a cidade não dispõe muitas rampas de acesso e o transporte público não é adaptado às normas de acessibilidade para deficientes. “A cidade toda não tem acessibilidade. Rampa é um problema e os ônibus nem se fala. Para se ter uma ideia tenho um amigo que precisa pegar dois ônibus por dia e sofre bastante, pois não existe respeito com os deficientes físicos. Além dele ter que se virar para subir nos ônibus, que não são adaptados, as pessoas não cedem os assentos e ele é xingado a todo tempo”, disse Éden. 

O portador de deficiência física também informou que o Centro de Reabilitação da cidade (Cenfra), localizado no bairro Cavaco, não possui estrutura para atender à demanda. “No Centro de Reabilitação só existem agora dois fisioterapeutas e tem até uma lista de espera para atendimento. O prédio apresenta infiltrações. As cadeiras de rodas estão sucateadas e a piscina, que serviria também para nossa reabilitação, está desativada. Já falei com o secretário de saúde, mas nada foi resolvido” disse Éden, representando o grupo.

Como até o momento pouco se fala sobre mobilidade urbana em Arapiraca, o cadeirante está movendo uma ação na Justiça para pedir que os direitos desses cidadãos sejam respeitados.

Padronização de calçadas

A denúncia do morador de Arapiraca chegou ao Alagoas24horas no mesmo dia em que a Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 8331/15, do Senado, que padroniza as calçadas para facilitar a circulação em vias públicas de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.

Para cumprir esse objetivo, a proposta acrescenta à Lei da Acessibilidade (10.098/00) o conceito de “passeio público”, definido como a parte da via pública destinada à circulação de qualquer pessoa e à instalação de placas e equipamentos de infraestrutura.

O projeto, que tramita em caráter conclusivo, ainda tem de ser analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

A piscina não funciona

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