Em nota divulgada na semana passada, a Associação Nacional dos Médicos Peritos (ANMP) afirmou que a categoria permaneceria em estado de greve, o que significa que será mantido apenas o atendimento essencial, com prioridade para quem vai fazer a primeira perícia para dar entrada a algum tipo de benefício.
O INSS informou que o retorno dos peritos ao trabalho “permitirá ao Instituto envidar esforços para uma rápida e completa regularização do atendimento à população, reduzindo o tempo de espera pela perícia médica e agilizando a conclusão dos processos represados”.
Segundo o órgão, “em boa parte das unidades”, o atendimento pericial é realizado normalmente. “A Central de Atendimento 135 está à disposição para informar os segurados e realizar os agendamentos e/ou reagendamentos necessários”, acrescentou.
A greve (a mais longa da categoria) foi iniciada no dia 4 de setembro do ano passado. Mais de 2 milhões de perícias deixaram de ser feitas desde então, segundo a associação que representa os trabalhadores. O INSS fala em 1,3 milhão.
Hoje, apenas cerca de 30% dos peritos estão trabalhando segundo a associação. A partir do dia 25, eles voltam em 100% “em estado de greve”.
Segundo o diretor sindical da Associação Nacional dos Médicos Peritos, Luiz Carlos de Deive de Argolo, o retorno representa apenas uma mudança na forma de protesto “diante da intransigência e insanidade do governo de deixar 2,1 milhões de perícias sendo remarcadas”.