Slum realiza operação em casa de acumulador no Jacintinho

 

Lucas Alcântara/Ascom SlumAcúmulo de lixo foi constatato no quintal da casa e no interior de uma das três residências do mesmo terreno.

Acúmulo de lixo foi constatato no quintal da casa e no interior de uma das três residências do mesmo terreno.

As equipes operacionais e de educação ambiental da Superintendência Municipal de Limpeza Urbana (Slum) estiveram no bairro Jacintinho, nesta terça-feira (26), para o início de mais uma operação de combate ao acúmulo de lixo em residências de Maceió. O trabalho foi realizado durante a manhã de hoje na Rua Belém, onde está situada a casa de Manoel Bezerra da Silva, de 65 anos, que juntava resíduos colhidos na rua dentro do próprio imóvel. A ação segue nesta quarta-feira (26) com o retorno dos agentes de limpeza ao local para concluir serviço.

De acordo com a coordenadora de controle ambiental da Slum, Rita Araújo, a situação foi constatada na semana passada, quando uma equipe do órgão esteve no bairro durante a força-tarefa contra o mosquito Aedes aegypti, que está em andamento na capital por meio de uma parceria entre órgãos municipais, estaduais e o Exército Brasileiro. Ela ressaltou que a intervenção da Slum na residência é necessária, visto que o montante de lixo acumulado pelo idoso expõe a população a riscos sanitários e a problemas de saúde pública. Este é a sexta operação realizada pela Slum entre dezembro do ano passado e o início de 2016.

“Fomos chamados pela própria família do Manoel e encontramos uma situação preocupante. Muito lixo acumulado, muitos recipientes com água parada. Isso nos preocupa principalmente pelo momento que o Brasil vive em relação aos cuidados para evitar as doenças causadas pelo Aedes aegypti. Tivemos que intervir de forma emergencial, com um grande trabalho para acabar com a infestação de insetos, roedores e animais peçonhentos. Além da Slum, os agentes de endemias da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) também estão nesta ação, fazendo inspeção e orientando a população”, explicou Rita Araújo.

Lucas Alcântara/Ascom SlumLocal onde era um quarto, está tomado pelo lixo, que será retirado nesta quinta.

Local onde era um quarto, está tomado pelo lixo, que será retirado nesta quinta.

Nesta terça-feira, o início do trabalho resultou no recolhimento de aproximadamente duas toneladas de lixo, quantidade ainda pequena diante do montante acumulado. Este material ocupou uma caçamba cheia, mas não chegou a pesar a capacidade total do veículo – que é de até seis toneladas – pelo fato do resíduo retirado hoje ter sido mais volumosos e não de muito peso. Com a continuidade da limpeza, a expectativa é de que este número chegue a 10 toneladas, pois a maior parte do lixo ainda será retirada nesta quinta-feira (26).

A ação foi completamente pacífica, sem resistência por parte do proprietário, e teve o acompanhamento da família. A filha de Manoel, Jaqueline Oliveira da Silva, contou que o pai juntava o material para vender, entre madeira e recicláveis. No entanto, ela disse que isso não ocorre há 10 anos, em média, período em que o proprietário da residência acumulou o lixo. A família fez uma limpeza parcial do local, mas o acúmulo voltou a ocorrer e Manoel não permitia que ninguém da casa mexesse no material.

“Ele antes vendia, mas depois passou a só acumular. Pedíamos para que ele não juntasse, mas a resposta era de que o lixo era dinheiro. Quando falávamos em limpar, meu pai trazia ainda mais material para dentro de casa. Limpamos uma vez, mas ele juntou muito e não tivemos mais condições de fazer. Procuramos a Slum e graças a Deus estamos nos livrando desse lixo. Meu pai não tem mais condições de vender nada e só estava juntando por costume. Agora ele fica dentro de casa e não deixamos mais trazer coisas da rua”, disse Jaqueline, acrescentando que a família está buscando o auxílio de um psiquiatra para cuidar de Manoel.

Durante a limpeza, ela disse ainda que o proprietário chegou a colocar fogo em alguns resíduos, há dois anos, e gerou um incidente na casa. O terreno em que vivem é compartilhado, tem outras três residências, e uma delas foi incendiada. “Nesta casa morava o meu irmão. Depois disso, ele teve que sair e meu pai também passou a colocar lixo lá”, completou Jaqueline.

 

Fonte: Assessoria

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