Após identificar e ouvir dois jovens acusados de participar de um espancamento a uma mulher no bairro do Jacintinho, a Polícia Civil confirmou que a ordem para agredir a vítima partiu do sistema prisional. A informação foi dada pelo delegado responsável pelo caso, Nivaldo Aleixo, na tarde desta segunda-feira (15).
O caso de agressão ganhou notoriedade depois que o vídeo do espancamento foi amplamente divulgado nas redes sociais. Nas imagens, uma mulher é brutalmente agredida por várias pessoas. As imagens teriam sido capturadas por moradores da Grota do Moreira, no bairro do Jacintinho, cena do crime.
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A vítima, uma moradora de rua que não teve a identidade revelada, estaria cometendo furtos na região e a ordem da agredi-la teria partido do sistema prisional. Isso é o que garante os dois jovens identificados na imagem, Daniel e Johnathan. “As agressões ocorreram porque ela teria furtado alguns objetos na Grota do Moreira, no bairro do Jacintinho, para comprar drogas. Após investigações, saliento que as agressões foram ordenadas por um reeducando do sistema prisional”, disse o delegado.
Aleixo também confirma que os dois acusados confessaram o crime durante depoimento e relataram que a moradora de rua voltou ao local pelo menos outras quatro vezes para comprar drogas.
Outro crime
O delegado informou ainda que concluiu as investigações sobre suspeitos de envolvimento na morte de um jovem ocorrido em outubro de 2015 em Maceió. “O inquérito foi concluído e será encaminhado ao Núcleo de Inquérito da Capital (NIC) e para o Ministério Público. Saliento que o policial militar acusado do homicídio foi afastado de suas atividades funcionais”, concluiu o delegado Nivaldo.
Relembre o caso
Tiago dos Santos, de 27 anos, foi assassinado depois de uma abordagem policial. Tiago consumia bebida alcoólica com o irmão e amigos quando uma guarnição da PM chegou no conjunto José da Silva Peixoto, no Jacintinho, e iniciou a abordagem. O jovem foi agredido com golpes de cassetete pelo soldado Alexandre Ramalho. Vídeos e áudios capturados no momento da abordagem policial comprovam que o jovem não reage às agressões e que lhe foi negado socorro médico. Só depois os militares levaram Tiago para o Hospital Geral do Estado (HGE), onde ele entrou em óbito. Alexandre Ramalho foi indiciado por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. O restante da guarnição será indiciada por omissão e lesão corporal.
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O crime de Tiago não foi registrado pelo relatório nominal de Secretaria de Segurança Pública.
Atualizada às 11h14.
