Atendendo a uma pauta nacional de mobilização pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), os servidores municipais de Maceió decretaram greve, na manhã desta quinta-feira (18), na Praça dos Martírios.
Na última segunda-feira (14), servidores da Saúde já haviam decidido pela paralisação após a Prefeitura de Maceió ter negado um reajuste salarial de 14%. Em contrapartida, o prefeito de Maceió Rui Palmeira (PSDB) alega que o pedido é acima da capacidade do município, que só pode oferecer 2,2%. Ele alega que o índice toma como base a arrecadação de 2015 de modo a não prejudicar a sua receita.
Diversas categorias como o Sindicato dos Servidores da Prefeitura de Maceió (Sindspref) e o Sindicato dos Trabalhadores em Seguridade Social e Trabalho no Estado de Alagoas (Sindprev) também aderiram ao movimento grevista. “Nós queremos ver os números do prefeito. Não adianta somente dizer que ganha “x” e não ter prova. Então só de boca não dá”, diz o diretor do Sindprev, José Lourival.
Durante o protesto, cerca de 500 pessoas seguiram da Praça dos Martírios até a Secretaria de Finanças do município onde realizaram a reivindicação. “Não tem o que discutir os números da inflação. É um problema de reajuste que afeta tanto o estado como o município”, diz Lourival.
Outras categorias como o Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol) e o Sindicato dos Bancários também querem aderir ao movimento que toma contornos em nível estadual. “São 5 mil servidores somente municipais. Se for somar as outras categorias fica em torno de 15 mil servidores que podem parar também o estado. Pelo menos o prefeito disse que vai dar um aumento de 2,2% já o governador não sinalizou nada ainda”, lembra Lourival.