Com parceria do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), o setor da construção civil alagoano lançará, neste mês de março, o Projeto Construir, voltado para a qualificação profissional e a inclusão de pessoas com deficiência e reabilitandos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) no mercado de trabalho.
Além da inclusão produtiva destas pessoas, a iniciativa da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Alagoas (Ademi), do Sindicato da Indústria e da Construção Civil (Sinduscon) e da Superintendência Regional do Trabalho em Alagoas (SRT/AL) vai ajudar as empresas a se adequarem à legislação.
Conforme a Ademi, cerca de 90 construtoras alagoanas foram notificadas pela Superintendência Regional do Trabalho (SRT) para o cumprimento das cotas de pessoas com deficiência em seus quadros de funcionários, que deve chegar a 5% de acordo com o porte da empresa. Outras ainda não preencheram todas as vagas necessárias que também podem ser ocupadas por reabilitandos do INSS.
Nesta quinta-feira, 18, a gerente executiva de Educação do Senai Alagoas, Nívia Andrade, e a coordenadora de Responsabilidade Social da Ademi, Patrícia Farias, se reuniram na Casa da Indústria para discutir detalhes do projeto. Nívia revela que a iniciativa possui uma série de diferenciais para despertar o interesse de pessoas com deficiência, que estão fora do mercado de trabalho, desestimuladas pela falta de acessibilidade e salários pouco atrativos.
“Esse projeto é bom para todos. Para as empresas, que cumprirão suas cotas com profissionais de qualidade e ficarão em paz com a lei. Para o Senai, que vai cumprir a sua missão de qualificar profissionais de alto padrão, favorecendo sua inclusão no mercado de trabalho, atendendo à proposta do PSAI [Programa Senai de Ações Inclusivas]. E para as pessoas com deficiência, que serão qualificadas durante dois anos, sendo pagas e, ao final, terão um diploma do Senai, que tem muito valor, com quase 100% de chances de serem contratadas”, afirma.
As pessoas inscritas, destaca Patrícia Farias, além de ganharem uma bolsa no valor de meio salário mínimo, com todas as garantias trabalhistas, a exemplo do 13º salário, não perderão o Benefício da Prestação Continuada da Lei Orgânica da Assistência Social (BPC/LOAS). Outro atrativo é o salário após a contratação. “Eles vão ganhar mais do que o salário mínimo, garantindo uma renda maior e segurança financeira”, disse a representante da Ademi.
Os Programas de Qualificação Profissional serão dois de Aprendizagem Industrial Básica em Processos Construtivos e um de Aprendizagem Industrial de Nível Técnico de Segurança do Trabalho, ambos com 1.920 horas.
Os interessados já podem enviar seus currículos para o e-mail social@ademi-al.org.br. O governo alagoano, por meio da Secretaria de Estado do Trabalho e Emprego (Sete), é outro parceiro do Projeto Construir.