Presidente da Dryworld fala de Robinho e vê Atlético com potencial global

Claudio Escobar comentou parceria da empresa canadense com o Alvinegro.

(Foto: Atlético-MG)Claudio Escobar sobre a parceria: "Precisamos de jogadores do calibre de Robinho, Lucas Pratto e Luan"

Claudio Escobar sobre a parceria: “Precisamos de jogadores do calibre de Robinho, Lucas Pratto e Luan”

O acordo foi fechado no Independência, durante um jogo do Atlético. A parceria com a Dryworld Industries nasceu ao som de gritos de “Galo”. A identificação da marca canadense com o clube mineiro é um dos pontos destacados por Claudio Escobar, presidente mundial da companhia, nova fornecedora de material esportivo do time.

O compromisso, válido por cinco anos e que deve render ao Alvinegro cerca de R$ 100 milhões, entre valores e material esportivo, foi acertado ainda em 2015. Agora, a relação ganhou outra proporção. A Dryworld foi além dos uniformes para o Atlético. Ela foi decisiva para fazer do elenco do Galo um dos mais fortes da Copa Libertadores da América. Apoiado na empresa, o presidente Daniel Nepomuceno recusou uma proposta milionária por Lucas Pratto e fechou contrato com Robinho.

“A família Dryworld acredita que o Atlético e outros clubes que estão com a gente mereçam o apoio da nossa empresa para manter os jogadores dentro do padrão de sua equipe para crescer juntos”, ressalta Claudio Escobar.

Para o presidente mundial da companhia, o alto investimento é justificável: “O clube não representa apenas Belo Horizonte, representa o Brasil. Nossa empresa vê esse crescimento global.”

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Parceria com o Atlético

“Estava falando hoje que nós fazemos parcerias com nossas equipes em relação aos valores que eles têm para criar uma sinergia. O que nos trouxe ao Atlético foi, justamente, ver que eles possuem valores que desenvolveram o Atlético, desde um grupo de estudantes que acreditaram numa equipe de futebol, e somos um grupo de atletas que acreditamos na marca. Ter valores iguais gera uma parceria a longo prazo. Os dois estão em processo de crescimento, estamos demonstrando nosso compromisso no Brasil e o Atlético está avançado seu futebol em toda América Latina.”

Robinho e Lucas Pratto

“Acredito que o sucesso mundial seja por meio do relacionamento a longo prazo. Nós somos uma família, nós temos que cuidar da família. A família Dryworld acredita que o Atlético e outros clubes que estão com a gente mereçam o apoio da nossa empresa para manter os jogadores dentro do padrão de sua equipe para crescer juntos. O que fizemos foi acordar os mecanismos para o jogador considerar ficar. Fizemos uma coisa muito profissional, precisamos nos comprometer com essa equipe de alguma maneira e incluindo a parte financeira. Estamos prontos para brilhar. Nosso contrato com o Atlético é de cinco anos e podemos continuar juntos. Para ficar, precisamos de equipes sólidas e de jogadores do calibre de Robinho, Lucas Pratto e Luan (esse último assinou um contrato vitalício com a Dryworld). Estamos ajudando a manter a família junta.”

Mais investimento no time

“Nós não vamos influir, mas podemos apoiar. Gostaríamos de algum jeito, vendo a possibilidade, de as famílias andarem juntas, assim como caminhamos na Dryworld. Nós crescemos, em três meses, fazendo coisas diferentes. O fato de estarmos conversando com Robinho, Luan e Lucas Pratto mostram nosso compromisso e lealdade com o futebol brasileiro.”

Luan 
(assinou contrato vitalício com a Dryworld e virou embaixador da marca)

“Luan representará a Dryworld dentro e fora de campo. Nossa empresa valoriza os talentos e abre oportunidades no futebol nacional e internacional. Essa parceria nasce com sinergia dos valores de Luan e Dryworld, e isso serve como exemplo para os jovens brasileiros nunca deixem de sonhar. Sabemos que com ele iremos crescer e juntos alcançaremos o Brasil e o mundo”

O Atlético

“O Atlético chegou para a gente através de outras equipes que estávamos falando. Eles ficaram muito interessados, porque a gente tem bastante tecnologia, inovação e somos uma empresa nova. A parceria começou por meio de pessoas. Conhecemos o Daniel (Nepomuceno, presidente), conhecemos a estrutura do clube, já conhecíamos o Atlético. Estávamos interessados. Foi como um namoro. A gente conversa, tínhamos coisas em comum e estamos chegando a essa parceria no nível que ela é hoje. Temos um parceiro, que estamos falando de um Barcelona, de um Real Madrid. O Brasil ainda não entende que estamos falando de uma equipe de porte global. Outros países já falam do Atlético. O clube não representa apenas Belo Horizonte, representa o Brasil. Nossa empresa vê esse crescimento global.”

Daniel Nepomuceno revela como acordo foi fechado

Em setembro de 2015, o Atlético recebeu em Belo Horizonte Matt Weingart e Brian McKenzie, fundadores da Dryworld. Conheceram o centro de treinamentos e, depois, foram ao Independência acompanhar o jogo do Galo contra o Avaí. No Horto, os executivos aceitaram a pedida do presidente Daniel Nepomuceno.

“Ninguém sabe, começamos a conversar com o Matt e Brian por e-mail, por telefone. Mas paixão não se vende por telefone. Eles foram convidados a vir visitar o Atlético no jogo contra o Avaí. Antes, eles foram ao centro de treinamento. Eles observaram tudo. Lembro de um detalhe. Quando a gente apresentou o departamento odontológico da base, eu falei que o Atlético é uma paixão que não se explica. Aqui a gente fabrica jogador, trata o ser humano e o atleticano com a maior excelência possível. O surpreendente foi que, no meio da intervalo do jogo, o João (Gomide, diretor comercial do Atlético) levou os dois à cabine. A gente estava tenso para ganhar aquele Brasileiro, e o Matt e o Brian esticaram a mão e falaram que estava fechado. Eu falei ‘o quê?’ e perguntei se eles tinham noção dos valores que eu tinha pedido. Ele respondeu: ‘não tem valor para apoiar o Atlético’. É uma parceria que começa com sucesso.”

Fonte: Superesportes

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