O primeiro secretário da Assembleia Legislativa, deputado Isnaldo Bulhões (PDT) usou a tribuna da Casa, nesta quinta-feira, 10, para lamentar a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que impede integrantes do Ministério Público (MP) de ocuparem cargos no Poder Executivo, o que ocasionou a saída do promotor Alfredo Gaspar de Mendonça da titularidade da Secretaria Estadual de Segurança Pública.
“Com a decisão, a sociedade amanheceu num clima generalizado de desapontamento, já que a saída do doutor Alfredo Gaspar de Mendonça é um perda imensurável nessa verdadeira guerra que se trava, cotidianamente, contra a delinquência e a bandidagem. Com carta branca do governador Renan Filho, ele restabeleceu a confiança do alagoano no aparato estadual de segurança pública”, disse Isnaldo. O deputado afirmou também que o governador, junto com o próprio secretário, irá indicar outro nome para assumir a pasta. “O governador já anunciou, nesta manhã, o desejo de compartilhar com os demais poderes constituídos, o Conseg e a sociedade alagoana a escolha daquele que haverá de prosseguir com o trabalho desenvolvido pelo titular que ora deixa a função”, afirmou o parlamentar.
Isnaldo Bulhões relembrou que durante a gestão do ex-governador Teotonio Vilela Filho a direção da Secretária de Segurança~Pública foi trocada cinco vezes e, segundo o depuatdo, não se alcançou os ofertar resultados desejados pela coletividade. “Enquanto a bandidagem tomava conta das ruas, as estatísticas macabras não paravam de subir, sempre posicionando nosso Estado como campeão de violência, na liderança dos indicadores negativos no Brasil”, lembrou.
Ao final de sua fala, Isnaldo Bulhões deixou anexado ao seu pronunciamento, uma carta que o governador Renan Filho enviou ao ministro do STF, Gilmar Mendes, falando sobre a ação que impede membros do MP a exercer cargos no Poder Executivo. “Apenas para citar um dado entre tantos constantes na carta do governador ao ministro: com o doutor Alfredo Gaspar à frente da Segurança Pública, houve uma queda de 20% no número de homicídios”, concluiu.
Em aparte, os deputados Cícero Ferro (PRTB), Léo Loureiro (PPL), Gilvan Barros Filho (PSDB) e Galba Novaes (PDT) se solidarizaram com o pronunciamento de Isnaldo Bulhões, lamentaram a decisão do STF e parabenizaram a atuação do secretário Alfredo Gaspar de Mendonça.