Levantamento junto ao Datasus revela que o Centro de Oncologia da Santa Casa de Maceió realizou no ano passado 73% da sessões de quimioterapia em pacientes do estado com leucemia. O segundo centro habilitado para este tipo de procedimento – no caso o Hospital Universitário – realizou 27% do total.
A leucemia é uma doença maligna originada na medula óssea, local onde as células do sangue são produzidas. Os glóbulos brancos (leucócitos) passam a se reproduzir de forma descontrolada, gerando os sinais e sintomas da doença.
No ranking nacional do SUS, que reúne 197 centros especializados, a Santa Casa de Maceió ocupa a 42ª posição, à frente de hospitais de referência como o Hospital Pio XII-SP (56º), o A.C. Camargo-SP (65º), o IMIP-PE (102º) e a Santa Casa de Porto Alegre (107º).
Em Alagoas, 41% das sessões foram realizadas em pacientes de Maceió (788), seguido de Arapiraca (174) e Pilar (83).
É importante ressaltar que enquanto os procedimentos quimioterápicos (excluindo-se leucemia) tiveram resultado positivo em 2015, os de leucemia geraram resultado negativo em sua maioria.
Entre os dez procedimentos quimioterápicos voltados para o tratamento leucêmico, oito apresentaram déficit entre custos e repasses do governo e apenas dois foram positivos (vide tabela abaixo).
O que apresentou maior custo total foi o tratamento de mielóide crônica em fase crônica (marcador positivo – 2ª linha). Enquanto o governo repassou apenas R$ 58 mil, o custo foi de R$ 186 mil, levando a Santa Casa de Maceió a cobrir a diferença de R$ 127.630,48 (um déficit de 218%).