Beneficiários do Programa Bolsa-Família agora podem receber seu benefício direto em sua conta poupança. A partir deste mês, quem já possui Poupança Caixa Fácil pode sacar o dinheiro do Bolsa direto nesta conta, fazer compras em débito, efetuar saques parciais ou até economizar e deixar o dinheiro rendendo. Esta é uma novidade do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), em parceria com a Caixa Econômica Federal.
Mas antes de difundir a novidade para todo o Brasil, o MDS lançou o projeto-piloto no Distrito Federal e no município de Minador do Negrão, a 170 km de Maceió. O município alagoano tem pouco mais de 5 mil habitantes e 870 inscritos no Bolsa-Família. Destes, 46 já utilizaram o benefício através da conta Poupança Caixa Fácil.
“Minador tem características que a gente procurava para lançar o projeto-piloto, por ser um município de pequeno porte, com grande número de beneficiários e muito deles já com a conta-poupança da caixa”, justificou o técnico do Ministério, que foi até o município avaliar o resultado da estratégia de implementação do Bolsa em conta-poupança.
Iara Soares foi uma das primeiras a experimentar a novidade. A jovem residente de Minador do Negrão é beneficiária do Bolsa-Família e já possui a conta poupança há mais de três anos. Ela aponta as vantagens do novo método.
“Antes eu tinha que sacar o dinheiro todo de uma vez e as vezes eu perdia o controle dos gastos. Agora eu posso guardar e gastar aos poucos, conforme a necessidade e o pouco que sobra ainda pode me render um ‘lucrozinho’. Também não corro risco andando com o dinheiro na mão, pois agora posso comprar no débito”, argumentou a dona de casa.
A abertura da conta é facultativa, gratuita e pode ser realizada em uma agência da Caixa ou nas lotéricas, sem a exigência de um comprovante de renda. Basta que o beneficiário apresente CPF e documento de identidade. Quem não quiser receber o benefício através do novo método pode continuar usando o cartão do Bolsa-Família normalmente.
O objetivo é estimular a educação financeira dos beneficiários, fazendo com que as famílias possam administrar o dinheiro do Bolsa-Família em uma perspectiva de controle econômico.