O ex-presidente da Federação Alagoana de Futebol (FAF) e atual vice-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), o alagoano Gustavo Dantas Feijó, deverá depor à CPI do Futebol, que está em andamento no Senado Federal. Nesta terça, 23, Feijó foi citado por uma suposta troca de emails com o ex-presidente da instituição Marco Polo Del Nero, onde negociaria a liberação de R$ 600 mil para a campanha visando à sua eleição para a Prefeitura de Boca da Mata, no interior de Alagoas.
De acordo com o senador Randolfe Rodrigues, da Rede Sustentabilidade, do Amapá, a CPI deverá reconvocar Del Nero, que depôs em dezembro, Ricardo Teixeira e o próprio Gustavo Feijó para prestar esclarecimentos à CPI sobre repasses feitos pela CBF a partir de recursos para a realização da Copa de 2015, no Brasil.
Ainda segundo o senador Rodrigues, há documentos que comprovariam o repasse de mais de R$ 1 bilhão de 2012 a 2015, além do depósito de mais de R$ 50 mil em uma conta nas Ilhas Canárias, cujos beneficiários seriam Del Nero e Teixeira, configurando Caixa 2.
A CPI do futebol irá requerer a quebra dos sigilos bancários e fiscais dos envolvidos com o suposto Caixa 2 da entidade. Em entrevista à imprensa, Randolfe Rodrigues afirma que uma troca de emails entre Marco Polo Del Nero e Gustavo Feijó “indica concretamente” a transferência de R$ 600 mil do Caixa 2 para a campanha de Feijó à Prefeitura de Boca da Mata.
Durante o pleito, Feijó apresentou relatório de gastos de R$ 130 mil com a campanha e na prestação de contas ao Tribunal Superior Eleitoral não citou a CBF nem Marco Polo Del Nero como doares.
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