Filhotes de tartarugas são soltos na Praia da Sereia

Projeto de conservação liderado pelo Biota destaca importância da conscientização ambiental.

(Foto: João Urtiga / Alagoas 24 Horas)DSC_0009

Cerca de 110 filhotes de tartarugas marinhas foram soltos no mar, no final da tarde desta quarta-feira (23), na Praia da Sereia, Litoral Norte de Alagoas. Segundo o Instituto Biota de Conservação, a soltura faz parte de uma monitoração de rotina realizada pelos biólogos junto aos ninhos mantidos em diversos trechos da praia.

De acordo com o biólogo Bruno Stafanis, do Biota, as faixas de areia estão cada vez mais menores e vem dificultando o trabalho de desova das tartarugas que deixam de ser frequente. “Como vocês podem ver, esse trecho da Praia da Sereia é curto e só chega a um 1 km até as proximidades de um resort”, destaca o biólogo.

Com isso, o Biota monitora 84 ninhos nesta região. Na tarde de hoje, foi à soltura das tartarugas nascidas no ninho de número 32, na presença de crianças e curiosos. “A cada mil tartarugas que levamos ao mar, apenas uma sobrevive. Boa parte delas serão base de cadeia alimentar para predadores, o que garante o equilíbrio do ecossistema”, diz Stefanis.

O local escolhido para fazer o auxílio às tartarugas a entrarem no mar foi o mirante da Praia da Seria, um local de menos movimentação de pessoas e tradicionalmente escuro de noite. “Temos que preservar essas pequenas áreas, pois elas são berçários naturais. Praias que possuem uma iluminação de refletores voltados para a areia, como Cruz das Almas, acaba atrapalhando a desova e toda a vida marinha”, destaca Stefanis.

As luzes ofuscam os animais que possuem hábitos noturnos, além do próprio lixo encontrado comumente na areia atrapalha o caminho desenvolvido por eles.

Ninhos destruídos no Gunga

Em fevereiro deste ano um vídeo circulou nas redes sociais denunciando o tráfego irregular de veículos na faixa de areia da Praia do Gunga, Litoral Sul de Alagoas, onde diversos ovos de tartarugas foram encontrados destruídos.

Os responsáveis tiveram os transportes apreendidos pelo Instituto do Meio Ambiente (IMA) e foram autuados no processo por infração ambiental em uma das maiores operações já realizadas na região. “infelizmente somos uma ONG e não temos o poder de fiscalização”, diz Stefanis ao relembrar também que o local precisa também ser monitorado.

Veja Mais

Deixe um comentário