Após divulgação de lista contendo nomes de mais de 279 políticos, de 22 partidos, apreendida na casa de Benedicto Barbosa da Silva Junior, presidente da Odebrecht Infraestrutura, durante a 23ª fase da Operação Lava Jato, alguns dos políticos citados se manifestara e negaram qualquer envolvimento com doações ilegais com a empreiteira.
Em Alagoas, vários nomes foram citados, inclusive em câmaras e prefeituras do interior do Estado. Entre os ‘listados’, um ex-governador e até prefeitos em exercício (dois). Por aqui também as explicações foram públicas e por meio de notas emitidas pelas assessorias dos citados. A Odebrecht anunciou, no último dia 22, que “está à disposição das autoridades para colaborar com a operação em andamento.”
Veja nomes de alagoanos na ‘superlista’
Teotonio Vilela, Rui Palmeira, Cristiano Matheus, Cacau Gomes, Nilton Costa, Abelardo Leopoldo (Câmara de Marechal Deodoro), Renan Calheiros, Jeferson Morais, Ronaldo Lessa, Júnior Damaso, Rosinha da Adefal, Eduardo Canuto, Silvio Camelo, Thomaz Beltrão, Patrícia Sampaio, Dudu Ronalsa, Marcelo Malta e Jorge VI.
Leia notas divulgadas por alguns citados:
Teotonio Vilela
O ex-governador Teotonio Vilela Filho informa que todas as doações recebidas em suas campanhas eleitorais foram legais, devidamente registradas na Justiça Eleitoral, publicadas como determina a lei no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e, portanto, às vistas do interesse público.
Teotonio Vilela diz ainda que está à disposição das autoridades para quaisquer esclarecimentos.
Assessoria de Comunicação de Teotonio Vilela Filho.
Rui Palmeira
Em relação a postagem do blog do jornalista Fernando Rodrigues, de título “Documentos da Odebrecht listam mais de 200 políticos e valores recebidos” publicada no site UOL em 23 de março de 2016, a assessoria de Rui Palmeira, prefeito de Maceió, afirma que:
1) Todas as doações financeiras realizadas nas eleições de 2012 em prol da campanha do então candidato a prefeito Rui Palmeira são legais, foram declaradas aos tribunais e aprovadas sem ressalvas por estas Cortes. Ademais, Rui Palmeira não é investigado em nenhuma apuração acerca de doação ilegal em campanhas e está inteiramente à disposição para prestar quaisquer esclarecimentos, se necessários;
2) A empresa Odebrecht não consta entre os doadores diretos de Rui Palmeira em 2012 e a lista completa de doadores da referida campanha pode ser consultado no site Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na seção demonstrativa das contas Eleitorais;
3) A mesma consulta ao site do TSE mostra que em Alagoas o Diretório Municipal de Maceió do PSDB recebeu doações de R$ 400.000,00 (quatrocentos mil reais) oriundos da Braskem/AS, empresa controlada pela Odebrecht. No total, o Diretório Municipal de Maceió do PSDB recebeu 1.659.000,00 (um milhão, seiscentos e cinquenta e nove mil reais) em doações provenientes de diversas fontes doadoras, todas declaradas à Justiça Eleitoral.
Esta consulta mostra também que o Diretório Municipal de Maceió do PSDB, doou a campanha do então candidato a prefeito Rui Palmeira um total de R$ 718.066,00 (setecentos e dezoito mil e sessenta e seis reais). Igualmente o Diretório Nacional do PSDB doou a esta mesma campanha eleitoral um total de R$ 2.455.000,00 (dois milhões quatrocentos e cinquenta e cinco mil reais). Os recursos provenientes do Diretório Nacional do PSDB também tem origem de diversas fontes pagadoras.
4) Vale reforçar que no mesmo post, o próprio jornalista Fernando Rodrigues informa que “as planilhas são riquíssimas em detalhes – embora os nomes dos políticos e os valores relacionados não devam ser automaticamente considerados como uma prova de que houve dinheiro de Caixa2 da empreiteira para os citados (grifo nosso). São indícios que serão esclarecidos no curso das investigações da Lava Jato.”