Se vivo estivesse, o menino Leandro Oliveira da Silva estaria completando 19 anos. Mas esse direito natural lhe foi tomado por uma pessoa de extrema confiança, a própria madrasta, que o matou a pauladas dentro da residência da família, no bairro Santa Lúcia, em janeiro de 2008.
Oito anos após o crime, e um inquérito policial presidido por vários delegados, a madrasta, que fora indiciada por autoria material e intelectual, foi condenada a 29 anos e sete meses de prisão por homicídio qualificado. O julgamento ocorreu nesta terça, 29, foi presidido pelo juiz Geraldo Amorim e durou mais de 12 horas.
A cena do crime era desoladora. Leandro foi encontrado sobre a cama, banhando em sangue, ao lado de uma revista em quadrinhos e um pedaço de pau ensanguentado. Um bilhete chamando o menino de “caboeta safado” foi encontrado no local. A madrasta, Adriana Maia Barros Silva, teria forjado o bilhete com uma suposta ameaça para esconder a autoria do crime. Isso porque o menino Leandro teria se envolvido em um episódio na escola em que denunciara colegas que usavam drogas.
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Segundo o inquérito, Adriana se incomodava com a presença de Leandro na vida dela e do pai do menino, Manoel Mendes de Oliveira, que há época chegou a afirmar que haviam criado um “complô” para incriminar sua mulher. Posteriormente, a Polícia Civil afirmou que a motivação para o crime foi o flagra dado por Leandro na sua madrasta e no padrinho José Valmir Rodrigues dos Santos, que manteriam um relacionamento amoroso.
Depois do crime, a família teve que deixar a residência, uma vez que moradores do bairro passaram a rechaçar Adriana.