Na última terça-feira (29), o diretório nacional do PMDB decidiu, por aclamação, romper oficialmente com o governo Dilma. Na reunião, que durou menos de cinco minutos, também ficou decidido que os seis ministros do partido e os filiados que ocupam outros postos no Executivo federal deveriam entregar seus cargos.
“Evidente que isso [rompimento do PMDB] precipitou reações em todas as órbitas. No PMDB, no governo, nos partidos da sustentação, oposição, o que significa, em outras palavras, dizer, em bom português, que não foi um bom movimento, um movimento inteligente”, afirmou o peemedebista.
Ao ser questionado sobre qual seria a situação do PMDB caso a presidente Dilma consiga uma “salvação” ao evitar o processo de impeachment que enfrenta no Congresso Nacional, Renan disse não acreditar que o partido passe a liderar uma corrente de oposição ao governo.
“A direção do PMDB, evidentemente, que fala pelo partido. Eu jamais, e considero incompatível com a função que exerço, fazer comentários em nome do PMDB. Mas eu não acredito que o PMDB, seja qual for o cenário, vá liderar uma corrente de oposição no Parlamento. A maioria parlamentar está tão difícil e será muito mais difícil ainda se dela se ausentar, se afastar o PMDB”, disse o presidente do Senado.