O coordenador de seleções da CBF, Gilmar Rinaldi, fez um rápido pronunciamento no hall da sede da entidade, na tarde desta terça, e se recusou a dar respostas sobre a reunião com a diretoria, realizada horas antes com a presença do presidente licenciado, Marco Polo Del Nero. O encontro serviu para avaliar o desempenho da seleção. Antes de voltar à sua sala, porém, Gilmar Rinaldi disse que Dunga será o técnico da equipe na Olimpíada.
“Isso já foi definido há um ano e meio. Claro que ele será o comandante na Olimpíada”, afirmou Rinaldi. Mas antes, ao ser indagado sobre a sua permanência e a de Dunga na seleção, o coordenador reagiu de modo inesperado. “Não entendi.” Foi quando o repórter insistiu se haveria mudança na comissão técnica por causa da campanha muito ruim da seleção nas eliminatórias da Copa de 2018, na Rússia.
“Falamos sobre planejamento para a Copa América, em junho, e a Olimpíada, em agosto”, declarou, demonstrando incômodo com a pergunta. Ele adiantou que Rogério Micale, hoje no comando do time olimpico, vai trabalhar nos Jogos como auxiliar de Dunga.
Apesar do tom amistoso das declarações de Gilmar, o dia na CBF deixou no ar algumas questões que não foram explicadas pela entidade. Primeiro, o que fazia Del Nero na casa? Depois, por que Gilmar não quis dar entrevista, como sempre costuma fazer? E ainda uma outra dúvida, reforçada por gente de dentro da CBF: por que ele e Dunga foram almoçar em outro lugar e não no restaurante da confederação?
Gilmar Rinaldi também deixou sem resposta uma outra pergunta, sobre uma eventual intervenção do diretor de Gestão, Rogério Caboclo, na seleção.
“Aí vocês têm de perguntar pra alguém da diretoria.”