‘Militares foram pouco convincentes’, diz advogado de pedreiro morto em ação da PM

(Foto: João Urtiga / Alagoas 24 Horas)Advogado diz que depoimento não convence família da vítima

Advogado diz que depoimento não convence família da vítima

Dois militares da guarnição investigada na morte dos irmãos Josenildo, Josivaldo Ferreira e do pedreiro Reinaldo da Silva, em março de 2016, durante uma suposta troca de tiros, foram ouvidos na manhã desta terça-feira (19), no Complexo de Delegacias Especializadas (Code), em Mangabeiras.

No total são três militares envolvidos, mas um deles está em dispensa médica e não participou da oitiva, o depoimento dele será remarcado. A dupla foi ouvida pelos delegados Teíla Nogueira (que preside o inquérito), Antônio Henrique e Rebeca Gusmão a portas fechadas, não permitindo ainda que a imprensa registrasse imagem dos policiais.

Leia também
Mortes no Village: Conselho de Segurança referenda pedido de reconstituição

“O depoimento deles foi pouco convincente”, garante o advogado da família do pedreiro, Thiago Pinheiro. Pinheiro afirma ainda que a investigação deve ser exaurida antes de apontar qualquer detalhe do ocorrido, mas pondera sobre a cansativa discussão sobre a troca de tiros. “Espero que não fique somente nessa discussão sobre a troca de tiros”, complementa.

(Foto: João Urtiga / Alagoas 24 Horas)Militares não puderam ser fotografados

Militares não puderam ser fotografados

Pinheiro junto com o também advogado da família dos irmãos, Pedro Montenegro, aguardam agora as três provas técnicas solicitadas pela Justiça para o andamento do caso. Uma delas, a reconstituição simulada, já foi aprovada pelo Conselho de Segurança de Alagoas (Conseg) na noite dessa segunda-feira (18). “Acredito que mesmo com a greve da Polícia Civil, neste caso especificamente, não venha atrapalhar as investigações”, adianta o advogado.

As outras duas solicitações versam sobre a necessidade de saber o horário do prontuário dos mortos e a verificação se houveram testemunhas no local. Segundo informações preliminares, haviam várias pessoas próximas a abordagem dos militares aos irmãos e que culminou na morte dos mesmos e do pedreiro que estava próximo.

Além dos delegados e dos dois advogados, acompanharam também a reunião o comandante do 5ª Batalhão de Polícia Militar, tenente-coronel Carlos Amorim, e o promotor de Justiça Flávio Gomes da Costa.

Veja Mais

Deixe um comentário