Harris Wofford escreveu um artigo no jornal The New York Times apoiando o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Ele disse que se sentia sortudo por viver em uma época em que o casamento foi “fortalecido” desta forma.
Wofford disse que sua vida foi “a história de dois grandes amores” – com sua mulher, Clare, que morreu de leucemia em 1996, e com Matthew Charlton, de 40 anos.
“Não me classifico com base no gênero das pessoas que amo. Tive um casamento de meio século com uma mulher maravilhosa, e agora tenho a sorte de ter encontrado a felicidade pela segunda vez”, escreveu.
Em junho de 2015, a Suprema Corte americana derrubou proibições ao casamento de pessoas do mesmo sexo em alguns Estados, tornando casamentos de gays e lésbicas legais pelo país.
Clare teve uma grande influência na carreira política de Wofford. O casal teve três filhos.
Wofford, um democrata, representou a Pensilvânia no Senado americano entre 1991 e 1995.
Ele deu início a sua vida política aos 18 anos, quando fundou a organização Estudantes Federalistas.
Ele participou do movimento pelos direitos civis e da campanha presidencial de John F. Kennedy.
Mais tarde, trabalhou com os presidentes Bill Clinton e Barack Obama.
Cinco anos após a morte de sua mulher, ele conheceu Charlton.
‘Baseado no amor’
“Tentar mudar algo tão enraizado na lei e na opinião pública como a definição de casamento parecia impossível”, escreveu no jornal.
“Eu estava errado, e não deveria ser tão pessimista.”
“Eu havia visto em primeira mão – trabalhando e andando com o reverendo Martin Luther King Jr. – que, quando fosse a hora, grandes mudanças em direitos civis ocorreriam em uma única década criativa”.
“Aos 90 anos, tenho sorte de estar em um era em que a Suprema Corte fortaleceu o que o presidente Obama chama de ‘dignidade do casamento’ ao reconhecer que o matrimônio não é baseado na natureza, escolhas ou sonhos de qualquer um. É baseado no amor.”