Paralisação do Porto de Maceió gera prejuízo de US$ 100 mil dólares ao dia

Valor é calculado em cima dos combustíveis, a segunda maior receita. Distribuição da gasolina e álcool podem ficar prejudicadas.

(Foto: Milton Rodrigues / Alagoas 24 Horas)DSC_2371

Depois de iniciado o bloqueio ao acesso ao Porto de Maceió, em Jaraguá, na manhã desta terça-feira (26), por agentes e escrivães da Polícia Civil de Alagoas, a administração do local já fala em prejuízo de aproximadamente US$ 100 mil dólares (convertidos em reais seria aproximadamente R$ 352 mil) somente em relação à carga de combustíveis que chega todos os dias.

De acordo com o administrador substituto do Porto de Maceió, Roberto Leoni da Costa, a importação de combustível e a sua eventual revenda para os postos que abastece grande parte de Maceió poderá ter dificuldades. “O transporte do combustível é a segunda maior receita do Porto, que rende cerca de R$ 27 milhões ao ano. Ou seja, cada navio deste atracado aqui custa US$ 20 mil dólares ao dia mesmo sem atividade”, diz o administrador.

(Foto: Milton Rodrigues / Alagoas 24 Horas)DSC_2358

Com um novo reajuste previsto para ocorrer no próximo dia 1º de maio, depois de uma nova regulamentação publicada no Diário Oficial da União, os novos valores cobrados pelos combustíveis giram em torno de R$ 3,788 (o litro da gasolina) e R$3,148 (o do álcool), sendo repassados de maneira diferente para cada estado.

“O prejuízo aqui é incalculável, aqui se torno palco para todo tipo de movimento paredista. Estou hoje refém desta situação que impede que o fluido de produção tenha segmento. O prejuízo é incalculável e, em primeiro lugar, é a imagem ruim do Estado aqui e fora”, diz o administrador.
Ainda segundo o administrador, empresas alemãs que chegaram recentemente ao Porto sofrem com essa dificuldade no deslocamento dos produtos para as rotas de destino.

Policiais Civis continuam paralisados

Nesse segundo dia de manifestação em frente ao Porto de Maceió, os policiais civis continuam mobilizados e impedindo a entrada de caminhões de carga. Segundo o presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol), Josimar Melo, a paralisação continua visto que o governo não sinalizou ainda nenhuma negociação.

“O Estado arrecadou R$ 2 bilhões no último ano, tendo um acréscimo de 11% somente em comparação com o mês de março deste mesmo ano”, justifica Josimar.

A classe exige um piso de 60% do valor concedido aos delegados. “Não é o piso do delegado, queremos um piso aproximado que gira em torno de R$ 8.500”, avalia.

Veja a nota do Sindicato dos Combustíveis:

O protesto que já dura quase 24 horas na entrada do Porto de Maceió, impedindo a entrada e saída de caminhões, gera grande preocupação nos postos de combustíveis do Estado.

O bloqueio realizado por integrantes do movimento grevista da Polícia Civil pode vir a afetar diversas regiões de Alagoas, devido ao atraso na entrega dos combustíveis, provocado pela impossibilidade de carregamento dos caminhões, assim como a saída dos caminhões-tanque com os produtos.

O Sindicombustíveis-AL alerta que se permanecer por mais tempo, o bloqueio do porto pode gerar caos no Estado, prejudicando inclusive viaturas e veículos oficiais, tais como ambulâncias, polícia e corpo de bombeiros, entre outros serviços públicos e também hospitais, que podem ser paralisados por falta de combustível em seus geradores.

 

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