Ator Umberto Magnani interpreta o padre Romão na novela Velho Chico (Foto: Globo / Caiuá Franco)
O ator Umberto Magnani Netto, de 75 anos, morreu nesta quarta-feira (27) no Rio. Ele estava internado no Hospital Vitória, na Barra da Tijuca, Zona Oeste da cidade, desde segunda-feira (25) após sofrer um acidente vascular encefálico (AVE) quando se preparava para gravação de cenas da novela ‘Velho Chico’, da Globo, na qual interpretava Padre Romão. No mesmo dia, ele comemorava o aniversário de 75 anos.
Nascido Santa Cruz do Rio Pardo, no interior de São Paulo, Umberto Magnani teve extensa trajetória no teatro, televisão e cinema. Muito premiado, ele marcou a dramaturgia nacional como intérprete e, também, como produtor de espetáculos consagrados.
Magnani iniciou sua carreira de ator em 1965, quando ingressou no curso de interpretação da Escola de Arte Dramática – EAD, em São Paulo. No início de sua trajetória profissional, interpretou textos de autores consagrados, como Nelson Rodrigues, João Cabral de Melo Neto, Antônio Callado, e William Shakespeare.
Seu primeiro destaque foi em 1977 no espetáculo “O Santo Inquérito”, de Dias Gomes. Já em 1981 ele ganhou seus primeiros prêmios de destaque: o Troféu Mambembe e Prêmio Molière de melhor ator por sua atuação em Lua de Cetim, de Alcides Nogueira, com direção de Marcio Aurelio.
Umberto estreou na TV em 1973, interpretando o personagem Zé Luis na primeira versão da novela “Mulheres de Areia”, na extinta TV Tupi. Na Globo, ele participou de consagradas novelas, como “Felicidade”, “história de Amor”, “Por Amor”, “Cabocla”, “Alma Gêmea”, “Mulheres Apaixonada” e “Páginas da Vida”. Também participou de minisséries como “Presença de Anita” e do seriado “Sandy & Júnior”.
No cinema, Umberto Magnani atuou em “Quanto Vale Ou É Por Quilo?”, “Cristina Quer Casar”, “Cronicamente Inviável”, “Kuarup”, “A Hora da Estrela”, entre outros.
Sua dedicação às artes cênicas não se restringiu à atuação. Além de produzir muitos dos espetáculos nos quais atuou, Magnani teve intensa atividade como professor e nas áreas administrativas e até política ligadas ao setor. Ele foi diretor da Associação dos Produtores de Espetáculos Teatrais do Estado de São Paulo, diretor regional em São Paulo da Fundação Nacional de Artes Cênicas, a Fundacen, do Ministério da Cultura; presidente da Comissão de Teatro da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo; membro da Comissão de Reconhecimento dos Cursos de Artes Cênicas em São Paulo do Ministério da Educação; membro do Conselho Diretor do Laboratório Cênico de Campinas e Secretário da Cultura e Turismo em Santa Cruz do Rio Pardo.