“Foi uma covardia o que ele fez”, diz familiar de mulher morta pelo marido

Arquivo da FamíliaPatrícia Cardoso Netta

Patrícia Cardoso Netta

Três anos após o assassinato de Patrícia Cardoso Netta, estrangulada pelo próprio companheiro em 2013, a família da vítima ainda espera por justiça. Nesta quarta-feira, 27, os parentes receberam com esperança a notícia de que o acusado Edinaldo Merêncio da Silva será submetido à júri popular, em maio deste ano.

Ao Alagoas 24 Horas, os familiares – que residem em São Paulo – contaram que realmente esperam que Edinaldo Merêncio seja condenado pelo crime bárbaro, cometido em abril de 2013. Eles alegam ainda que irão se organizar para vir a Maceió para o julgamento do acusado com o intuito de cobrar que este crime não fique impune.

A família ressalta que Patrícia Cardoso era de classe média e seu histórico era excelente. Ao contrário do acusado, Edinaldo Merêncio, que já havia cumprido pena por porte ilegal de arma em um presídio de São Paulo e apresentava problemas comportamentais e com drogas. “Foi uma injustiça da parte dele. Espero que a consciência de Edinaldo pese bastante porque a Patrícia foi a única pessoa que apostou nele. Ele foi um menino que deu muito trabalho e a família não aguentava mais. Já passou pela Fundação Casa, em São Paulo, e ficou um tempo preso no presídio. Já Patrícia era uma menina de família e os pais sempre fizeram de tudo por ela. Era a princesinha da casa, pois era a única mulher de quatro irmãos. Quando ela o conheceu todo mundo ficou frustrado porque percebemos que tinha algo estranho com ele, mas como eles se conheceram na igreja chegamos a pensar que Edinaldo era uma pessoa boa. Depois descobrimos que não. Foi uma covardia o que ele fez com ela”, disse um parente da vítima, que preferiu ter a identidade preservada.

Na época do assassinato, a Polícia Civil forneceu informações de que Patrícia teria abortado um bebê do casal. Contudo, a notícia foi contestada pelos familiares, que explicam que a vítima não podia ter filhos e não seria capaz de ‘matar’ o feto, uma vez que era uma pessoa religiosa.

Eles contaram também que Patrícia Cardoso viveu com o acusado por cinco anos após casar escondido da família. “Depois que foram descobertas algumas coisas que ele fazia, a família falava para Patrícia se afastar dele, mas ela estava envolvida demais. Os irmãos falaram que não queriam o relacionamento, mas ela bateu de frente com todos pois queria ficar com ele. Um belo dia saiu da residência de seus pais, casou no cartório de São Paulo e foi morar em uma casa emprestada de um parente em Maceió. Só ficamos sabendo depois e também não tínhamos conhecimento da situação precária dela aqui. Então, ela deixou tudo para viver com ele. Foi uma grande covardia, pois Patrícia foi a única que cuidou dele. Edinaldo tem que pagar e ela não merecia isso”, finalizou.

Relembre o crime

Em oito de abril de 2013, Patrícia Cardoso Neto, de 29 anos, foi morta por estrangulamento pelo próprio companheiro, Edinaldo Merêncio da Silva, dentro de sua residência no Feitosa.

Ao chegar em casa sob efeito de álcool e drogas, o casal teve uma discussão e Ednaldo matou a mulher por asfixia e enterrou o corpo em uma fossa existente na residência. O assassino ainda ‘tampou’ a fossa e seguiu a sua rotina normal.

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