O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, deverá anunciar nesta segunda-feira (16) o nome do novo presidente do Banco Central. Também devem ser conhecidos os novos presidentes do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, além dos secretários do Ministério da Fazenda.
Na última sexta-feira (13), o próprio ministro disse que a indicação para o Banco Central seria discutida durante o fim de semana e anunciada nesta segunda.
Os nomes mais cotados para comandar o Banco Central são os dos ex-diretores Ilan Goldfajn, economista-chefe do Itaú Unibanco, e Mário Mesquita, sócio do banco Brasil Plural.
Foro privilegiado
Em entrevista ao Bom Dia Brasil, na sexta, o novo ministro da Fazenda explicou que o futuro chefe da autoridade monetária deixará de ter status de ministro de Estado. Porém, acrescentou que será enviado um projeto de lei ao Congresso Nacional para que ele mantenha o foro privilegiado no Supremo Tribunal Federal (STF).
“O processo foi claramente definido ontem. Que é o seguinte: foi anunciado que o presidente do Banco Central deixará de ser ministro de Estado. No tentanto, há uma emenda constitucional que será apresentada garantindo ao presidente do BC todas as condições de trabalho que ele tem hoje como ministro de estado, por exemplo, o foro especial”, disse Meirelles.
Ele acrescentou, ainda, que toda a diretoria do BC, por esse projeto que será enviado ao Legislativo, também passará a ter foro privilegiado.
“Mas ainda, passa a ser estendido a toda diretoria do BC, aperfeiçoa a presente situação. Nesse intervalo, presidente do BC continua como ministro de Estado. Deixa de ser quando for aprovada emenda constitucional”, declarou ele.
Contas públicas
Meirelles disse que a primeira grande ação do governo de Michel Temer na área econômica será”controlar” o aumento de despesas públicas, que hoje superam em bilhões a arrecadação gerando déficit (despesas maiores que a arrecadação de impostos).
O novo ministro defendeu que é importante que o governo brasileiro comece a “dizer a verdade” sobre as situação das contas públicas. E, na ocasião, Meirelles disse que o déficit nas contas públicas em 2016 pode superar os R$ 96,6 bilhões propostos pela equipe econômica anterior.