Mantida refém por marido, mulher é resgatada de rapel por PMs

Marido é cabo da PM e está afastado há 4 anos por problemas psicológicos. Mulher desceu por cordas do quarto andar por varanda de apartamento.

(Foto: Gabriel Luiz/G1)mulher

A mulher de um cabo da Polícia Militar do Distrito Federal foi mantida três horas em cárcere privado pelo marido no apartamento do casal, em Vicente Pires, na manhã desta segunda-feira (16). A mulher foi resgatada do apartamento de rapel pela varanda do apartamento e levada ao Hospital do Guará.

O cárcere privado começou às 6h, mas a briga teria começado às 2h, segundo vizinhos do casal. A mulher foi resgatada às 9h10. Ela não aparentava estar ferida. Por volta das 9h40, a polícia disparou uma bomba no apartamento, em uma tentativa de render o cabo. Às 10h, a polícia informou que o homem havia sido detido.

De acordo com o coronel Antônio Carlos Freitas, o homem foi encaminhado para o Hospital Regional de Taguatinga. Um processo contra ele vai ser instaurado na corregedoria da corporação, que pode culminar na exoneração dele. “[Na hora de abordá-lo] Ele se mostrou muito resistente, não queria se entregar. Tivemos de arrombar a porta”, relatou Freitas.

De acordo com a polícia, o cabo trancou a mulher após PMs terem sido chamados para conter uma briga entre eles. Ele está afastado há quatro anos da corporação por problemas psicológicos e tem histórico de violência, segundo a PM. O porte de arma dele está suspenso.

“É a terceira vez que isso acontece. Ele já bateu na mulher diversas vezes”, disse o zelador do prédio, Rogério dos Santos. “Ele é bem nervoso.” O casal mora há um ano no quarto andar de um prédio de oito pisos na Rua 3 de Vicente Pires.

Subsíndica do prédio, Almezina América afirmou que o casal é alvo de reclamação por parte da maioria dos moradores. “Eles são muito barulhentos. Ele bate muito nela, quebra tudo. Da última vez, arrastou um botijão de gás dizendo que iria explodir o prédio”, disse.

Ela disse que o condomínio deve fazer uma reunião para pedir a saída do casal do imóvel. “Vamos fazer uma reunião de emergência para avaliar a saída do casal, porque precisamos de uma atitude mais séria. Não podemos ficar à mercê de um louco.”

O apartamento em que o casal vive com dois filhos tem dois quartos e 70 m². Segundo a PM, os filhos não estavam no local. A rua onde fica o imóvel foi fechada para circulação de veículos. Na via funcionam uma igreja, uma padaria e um escritório odontológico.

Fonte: G1

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