O vírus da zika, relacionado a casos de microcefalia em recém-nascidos em diversos países, principalmente o Brasil, pode se espalhar para a Europa à medida que o clima no continente esquenta. O risco, no entanto, ainda é considerado baixo, disseram autoridades de saúde nesta quarta-feira (18).
Na 1ª avaliação da ameaça do vírus da zika à região, o escritório europeu da Organização Mundial de Saúde (OMS) informou que o risco geral é de baixo para moderado.
O risco é maior em áreas onde o mosquito Aedes aegypti, transmissor do vírus, pode se desenvolver, em particular na Ilha da Madeira, em Portugal, e na costa nordeste do Mar Negro, que banha países como a Geórgia e a Rússia.
“Há um risco de propagação do vírus da zika vírus na região europeia e o risco varia de país para país”, disse Zsuzsanna Jakab, diretora regional da OMS para a Europa.
“Pedimos particularmente a países com riscos altos para fortalecerem suas capacidades nacionais e priorizarem as atividades que podem prevenir um grande surto de Zika”, acrescentou.
O braço europeu da OMS cobre 53 países e uma população de cerca de 900 milhões de pessoas.
Um grande surto de Zika que atingiu principalmente o Brasil causou alarme global. O vírus foi relacionado a milhares de casos de má-formação cerebral em bebês de mulheres que foram infectadas pelo vírus enquanto grávidas.