Músico divulga vídeo denunciando racismo da polícia e funcionários de supermercado

Baterista Rudson França Moura, divulgou um vídeo denunciando racismo

Reprodução/FacebookBaterista Rudson França Moura, divulgou um vídeo denunciando racismo

Baterista Rudson França Moura, divulgou um vídeo denunciando racismo

O músico Rudson França Moura usou as redes sociais para publicar um vídeo em que denuncia uma ação de racismo de funcionários de um supermercado na Ponta Verde e agentes das forças de segurança pública do Estado que teria sofrido no último sábado, 14, após o artista sair de um evento na Pajuçara.

O vídeo que vem sendo compartilhado pela classe artística, militantes e professores universitários foi compartilhado na noite desta quarta-feira, 18. Nele, o artista questiona a postura dos funcionários desde a sua entrada no estabelecimento até o momento da concretização da compra.

A assessoria da Polícia Civil – em release enviado à imprensa – acusou o artista e uma mulher que estava em sua companhia de cometer “vários crimes na parte baixa da cidade”. A agente da Oplit que teria efetuado a prisão informou que “eles tentaram furtar objetos do estabelecimento, quebraram vidros e objetos do local e agrediram funcionários, seguranças e clientes”.

No vídeo, o baterista relata: “estava vindo de uma tocada (um show) tinha acabado de fazer um trabalho e queria acabar a minha noite. Passei neste supermercado, como cliente, para comprar uma cerveja e terminar a noite em casa, vendo TV como todo mundo faz, como qualquer cidadão alagoano, do Brasil do mundo faz”.

“Cadê as imagens? Não tinha, suspeito. De que? De estar comprando, de sair na rua”, destacou o músico no vídeo. Ainda no vídeo, ele destaca que já na entrada no estabelecimento comercial – localizado próximo à orla de Maceió – logo foi perseguido, mas mesmo assim foi ao setor de bebidas, pegou o produto, se dirigiu ao caixa e quando estava efetuando o pagamento foi abordado pelos seguranças.

“Vieram dois seguranças abordando eu e a menina que estava comigo e dizendo que a gente estava suspeito de roubo. A gente ‘como assim, suspeitos de roubo se a gente esta pagando, estou com dinheiro, vocês querem o que?’, ‘as câmeras estão detectando’, mas detectando o que”, destacou, relatando ainda que os seguranças tentaram levantar sua camisa e ao tentar pegar sua bolsa – segundo ele – foi o estopim.

Ainda segundo o artista, os casos de racismos são constantes, no ônibus, no cinema, quando sai na rua. “Já passo isso há dez anos, desde quando assumi esse cabelo, essa cor que tenho, essa cor negra, essa cor de guerra, essa cor de peleja que a gente luta contra esse racismo, essas injúrias que faz com a gente da pele negra”.

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