A Executiva Nacional do Partido Democrático Trabalhista (PDT) esteve reunida na noite desta segunda (30), no Rio de Janeiro, e decidiu pela expulsão do deputado Giovani Cherini (RS), por votar a favor e por fazer campanha pelo impeachment da presidente eleita Dilma Rousseff (PT).
Em abril, o PDT havia iniciado o processo de expulsão não só de Cherini, mas de outros cinco deputados Mario Heringer (MG), Sérgio Vidigal (ES), Flávia Morais (GO), Subtenente Gonzaga (MG) e Hissa Abrahão (AM). No entanto, após a reunião da Executiva, ficou decidida a expulsão de Cherini e a suspensão por 40 dias dos demais. A legenda ainda decidiu pela intervenção nos diretórios do Espírito Santo e Goiás.
Para Lessa, com a decisão da Executiva o “partido segue em frente”. O deputado federal, que em Maceió anunciou apoio ao projeto de reeleição do prefeito Rui Palmeira (PSDB), inclusive indicando pastas na administração municipal, o PDT não irá participar do governo interino do de Michel Temer. “Decidimos que não vamos participar do governo de Michel Temer mesmo que ele seja efetivado na presidência da República. Nossas atenções se voltam agora para o Congresso Nacional. Precisamos superar esse momento de crise e isso vai requerer esforço e dedicação de todos nós”.
A Comissão de Ética do partido decidiu também, junto com a Executiva do partido, suspender a punição aos senadores que votaram pelo impeachment, Acyr Gurcagz e Lasier Martins, levando em conta que o Senado ainda vai julgar o mérito do impeachment de Dilma e os votos ainda podem ser revertidos a favor da presidente temporariamente afastada. O único senador que votou de acordo com a diretriz da Executiva, a favor de Dilma, foi o senador Telmário Miranda (Roraima).