Neta do principal nome da extrema-direita da França, a deputada Marion Le Pen aconselhou o atacante Benzema a nunca mais defender a seleção gaulesa. Ela e o avô Jean-Marie Le Pen fazem parte da Frente Nacional, partido ultranacionalista do país.
Na terça-feira, em entrevista ao jornal “Marca”, Benzema justificou a a ausência entre os convocados da Eurocopa graças ao racismo que toma conta da França. O camisa 9 do Real Madrid tem origem argelina e não canta o hino do país quando defende os Bleus.
“Que jogue pelo seu país (Argélia) se não é feliz”, escreveu Marion Le Pen, em mensagem direcionada a Benzema, no Twitter.
O primeiro ministro da França, Manuel Valls, fez questão de rebater as afirmações de Benzema.
“A França não deixa de convocar seus jogadores em função da cor da pele ou origem. O atacante não deu a versão correta sobre a seleção”, ressaltou.
Benzema foi acusado de cumplicidade em tentativa de chantagear o meia Valbuena, do Lyon, e participação em uma associação de malfeitores. Ele prestou depoimento à Justiça francesa no dia 5 de novembro de 2015 e ficou proibido de manter contato com outros acusados e com o próprio Valbuena, apontado como vítima do camisa 9. Desta forma, os dois jogadores ficaram fora dos últimos amistosos e convocações da seleção.