Com uma média de quase três assaltos a coletivos por dia mesmo como toda tecnologia implementada até então, a Secretaria de Segurança Pública se reuniu na manhã desta quinta-feira (9) com empresários do segmento e membros do Sindicato dos Rodoviários de Alagoas (Sinttro-AL) para avaliar uma melhor estratégia de atuação.
De acordo com o secretário de Segurança Pública, coronel Lima Júnior, a ideia é unir forças de modo a melhorar os índices que, segundo o mesmo, estão sendo reduzidos, apesar da preocupação constante dos rodoviários. “De março a abril, quando implementamos o projeto Coletivo Seguro [de abordagens com militares a ônibus] houve uma redução de 39% do número de assaltos. Então, essa reunião vem reforçar a necessidade de haver esforço coletivo entre todas as partes”, destaca Lima Júnior.
O secretário afirma ainda que a Secretaria monitora também a “dinâmica do crime”, de forma a observar mudanças nos horários e nas linhas mais abordadas pelos criminosos.
Para o representante do Sinttro-AL, Hernandes José, o que mantém ainda esse índice de quase três assaltos por dia é a permanência da tecnologia móvel dentro dos coletivos, como os celulares. Com a retirada gradual do dinheiro dos cobradores, que passam a operar com sistemas de cartões com créditos, na opinião do sindicalista, essa mudança não ajudou muito. “Não vemos como uma boa essa retirada do dinheiro, se você for olhar quase 80% da frota opera com cartão e mesmo assim os bandidos assaltam, justamente porque eles visam os celulares das pessoas”, diz Hernandes.
Diferentemente do posicionamento dos rodoviários, Paulo Sérgio, diretor operacional da empresa Cidade Maceió, afirma que os empresários já fizeram a parte deles em ajudar a coibir os assaltos a ônibus. “O sistema já existe, o que pode é melhorar. A identificação por parte das filmagens e a implementação do cofre, que faz com que o usuário use o cartão já foram medidas tomadas por nós”, destaca.
Na visão do empresário, o que falta é a conscientização da população que deve evitar levar dinheiro. “Quando você corta o dinheiro, diminui os assaltos”, diz ele que complementa: “são quase três assaltos por dia muito por conta dos valores que elas carregam”.