Presidente do Corinthians desde o início de 2015, Roberto de Andrade afirmou nesta terça-feira, em entrevista ao jornal Lance, que sua gestão da equipe do Parque São Jorge não tem como principal objetivo seguir o orçamento proposto pelo departamento financeiro do clube.
Vale lembrar que, para compensar o time campeão brasileiro de 2015 quase todo desfeito – saíram Gil, Ralf, Renato Augusto, Jádson e Vágner Love -, foram investidos quase R$ 50 milhões em contratações.
“Isso não vale nada. Podia ter feito R$ 1 que iam estar lá os R$ 45 milhões. A minha administração não segue orçamento. Minha administração é diferente, eu não sigo orçamento. Nem dos recebíveis e nem do que é investido. Todo orçamento você põe um valor por ano, mas não é porque vai vender A ou B ou C, é só para se ocorrer não ficar algo muito defasado. Só isso”, disse.
“O orçamento existe porque é estatutário. Mas vamos supor que eu tenho um orçamento de R$ 100 milhões para gastar no futebol. Mas e se eu não tiver R$ 100 milhões? Por isso administro o Corinthians pelo caixa. Se eu tenho dinheiro gasto e se não tenho dinheiro não gasto. Independente de estar no orçamento ou não. O orçamento é estatutário, mas na minha administração não tem um valor prático. O orçamento nada mais é que um achismo. Tem que ser equilibrado. É regime de caixa. É isso que quero dizer”, explicou melhor o mandatário.
Sobre as vendas de toda a “espinha dorsal” da equipe, Roberto de Andrade disse não ser algo anormal.
“Não é normal em time sem qualidade. Em time de qualidade todo mundo vem buscar jogador. Ninguém vai buscar jogador onde não tem qualidade. Você tendo dinheiro vai buscar o que tem de melhor. A força do dinheiro serve para isso. Por isso que Barcelona só busca top de linha. Custa mais? Custa mais, mas é tiro certo”, comentou.