A data de15 de junho marca o Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa. Instituída em 2006, pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pela Rede Internacional de Prevenção à Violência à Pessoa Idosa, a data busca o engajamento social e político contra os maus tratos ao idoso, além de combater a banalização desse tipo de agressão, a partir do debate e fortalecimento das diversas formas da prevenção.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), existem atualmente 27,9 milhões de pessoas idosas no país (13,7% da população total), e grande parte dessas pessoas, principalmente no Norte e Nordeste, está inserida numa realidade de desigualdades sociais traduzida pela dificuldade de acesso aos direitos fundamentais, gerando a exclusão social.
Segundo a Síntese dos Indicadores Sociais (SIS – IBGE, 2015), o número atual de alagoanos com mais de 60 anos chega a 357.469, o que corresponde a 10,7% da população do Estado.
Ao contrário do que se possa imaginar, o maior número de casos de violência contra a pessoa idosa não se refere à agressão física, mas à negligência. Além disso, existem registros de violência psicológica, financeira, e sexual.
Em alusão ao Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa, foi ministrado na terça-feira (14), no auditório da Secretaria de Estado de Assistência e Desenvolvimento Social (Seades), o simpósio Abordando a violência contra a pessoa idosa na perspectiva da saúde e do social, voltado para a orientação e sensibilização de gestores das duas áreas a respeito da violação dos direitos a pessoa idosa.
Um dos palestrantes do evento, o Professor Dr. José Luiz Riani Costa, afirma que a importância da Seades para a redução dos índices de violência contra o idoso vai muito além do espaço físico da discussão.
“Com o envelhecimento populacional evidente, a expectativa é que cada vez mais os idosos busquem seus direitos e, consequentemente, haja um aumento da conscientização contra todos os tipos de violência contra eles”, lembrou Costa.
Segundo o secretário de Estado do Desenvolvimento Social, Antônio Pinaud, em parceria com os órgãos municipais de Assistência Social, a Seades tem incentivado as denúncias de casos de maus tratos à pessoa idosa, buscando também o registro desses casos para que essa rede de proteção possa enxergar a real dimensão dessas ocorrências.
“Precisamos saber onde agir, onde o problema é maior, para que as ações sejam pontuais e eficientes. A conscientização da sociedade é fundamental nesse sentido. Garantir o bem-estar dessa parcela da população é uma função do Estado e estamos concentrando esforços para cumprir o que preconiza o Estatuto do Idoso”, afirmou o secretário.