A dívida pública de Alagoas será, aparentemente, um dos motivos da reunião do governador Renan Filho (PMDB) e do presidente interino da República, o vice-presidente Michel Temer (PMDB), nesta segunda-feira, 20, em Brasília.
De acordo com a assessoria de comunicação do governador, a reunião, que também contará com a presença de outros governadores, terá o objetivo de “discutir com Temer os caminhos que podem ser seguidos para auxiliar os Estados na superação da crise econômica que tem atrasado salários nos Estados e impede investimentos que melhorem a vida do cidadão”.
Por meio da assessoria, Renan ressaltou que “vamos discutir a renegociação das dívidas e espero, sinceramente, que cheguemos a um denominador comum, visto que fiz diversas cobranças e viagens a Brasília deixando claro que esta dívida de Alagoas é impagável”.
Divida do Estado
Renan Filho lembrou que o Alagoas tinha pego R$ 1,8 bi na origem e já pagou R$ 10 bilhões e ainda deve outros R$ 10 bilhões. Para Renan Filho, isso engessa os investimentos do Estado, todavia, o chefe do Poder Executivo sente que o Governo Federal está inclinado a ceder e ajudar os Estados brasileiros a superarem a crise econômica, como fez com o Rio de Janeiro.
“Estamos enfrentando a crise aqui com muito trabalho, porém se o Governo Federal ajudar em superar a crise, ótimo, pois vamos poder fazer ainda mais. Mais até lá, vamos continuar fazendo o que estamos fazendo aqui, muito trabalho”, finalizou Renan Filho.
O Estado de Alagoas é um dos poucos estados onde o salário do funcionalismo público está sendo pago em dia e os investimentos continuam acontecendo. Com o alongamento da dívida, Alagoas ganhou mais 20 anos para pagar o que está em aberto, com juros de até 11%, o que já foi 15%. São R$ 50 milhões de economia por mês. O valor que era de R$ 8 bilhões cai para R$ 450 milhões.