Nomes tradicionais da política alagoana começam a definir seu futuro de olho nas eleições visando ao pleito deste ano. Em meio ao cenário de crise, Lei de Responsabilidade Fiscal e redução gradativa dos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (principal fonte de recurso dos gestores municipais), alguns prefeitos começam a desistir de concorrer à reeleição.
Este parece ser o caso de uma liderança política do Sertão, prefeito Jorge Dantas, eleito por três mandatos, que confirmou ao jornal Gazeta de Alagoas que não irá disputar a eleição deste ano. Ainda segundo Dantas, pelo menos 18 prefeitos teriam desistido de concorrer ao pleito. Em tempos de definição, esses números podem – e devem se alterar.
A crise não parece preocupar os pré-candidatos à Prefeitura de Maceió. Rui Palmeira, que tenta a reeleição, Cícero Almeida, que deixa de lado mandato federal, assim como Paulão e João Henrique Caldas, e Paulo Memória pleiteiam o comando do executivo municipal.
Em outras cidades do interior, o clima “de campanha” já tomou as ruas, inclusive com informações de inelegibilidade. O caso mais recente foi do prefeito de Messias, Jarbas Omena, que precisou comprovar por meio de certidão emitida pelo secretário substituo de Controle Externo do TCU, João Walravem Junior, que o atual prefeito da cidade e candidato à reeleição não está na lista de inelegíveis e segue trabalhando visando à reeleição.
No último dia 13, o Tribunal de Contas da União divulgou lista de gestores de todo país que tiveram as contas julgadas irregulares entre 2 de outubro de 2008 e 2 de outubro de 2016. Apenas em Alagoas, 140 gestores tiveram as contas consideradas irregulares. As informações sobre os processos constam no endereço http://portal.tcu.gov.br/responsabilizacao-publica/eleicoes/eleicoes.htm.
Apesar da lista do TCU, cada caso deverá ser analisado pela Justiça eleitoral, que terá a “palavra final” sobre as candidaturas.